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Helder, bateu você na minha atual ferida. Muitas coisas me constrangem na Vitória de Santo Antão. Entretanto a feira é minha ferida. Há dias atrás abordei o descaso e a desvalorização de inúmeros imóveis próximos à Feira das Panelas e da praça 13 de Maio. Uma ocasião aproximei-me do dr. Ivo, (que Deus o guarde bem longe de nós, que ele fique no céu e não reencarne) e o questionei: Ivo, são, um absurdo, estas construções. Não faça isso, por favor com nosso centro. Ele com seu ar zombeteiro, olhou-me e disse: Pedoca, você nasceu em berço de ouro, não sabe o que é pobreza. Deixe estes coitados construirem o “shopping da pobreza”. Tentei argumentar, mas em vão. Hoje os pobres não estão mais lá ou quem era pobre ficou rico e continua, prazeirosamente, em prejuizo de toda a comunidade, a usufruir de um direito imoral e impróprio. Mas, não se incomode não, dom Helder, a dra. Promotora prometeu dar um jeito. Você não tem acompanhado? Dra. promotora não se esqueça que a senhora iria lutar, batalhar sem pausa, até retirar esta feira. Os vitorienses, eu , o Helder, o Pilako, o Lissandro, especialmente, ansiosos aguardamos o desfecho.
Pedro Ferrer
Professor Pedro Ferrer, muito esclarecedor o seu diálogo com o exótico prefeito dr. Ivo Queiroz. Infelizmente, desde aquela época até os dias de hoje, os diferentes gestores da Prefeitura continuaram sem um projeto de desenvolvimento urbano de Vitória. A cidade cresceu de forma desordenada, sem nenhum planejamento e controle. Estamos cansados, após anos de apelos sobre a transferencia da Feira para uma áreas adequada, de promessas vazias das autoridades municipais. Temos esperança, com a intervenção do Ministério Público, que a questão finalmente se resolva.