Por ocasião das comemorações da passagem dos 170 anos de elevação de categoria de Vila à cidade do nosso município, o amigo jornalista José Edalvo, “intimou-me” a contribuir com um artigo na referida edição. Portanto, neste momento, agradeço ao amigo Edalvo pela oportunidade.
Com a nossa chegada no planeta terra começamos a preencher, no livro da vida, cada qual com uma quantidade de páginas definida pelo criador do universo, a nossa história. No primeiro capitulo, escrito, imprescindivelmente com a ajuda de nossos produtores terráqueos, ou até mesmo por terceiros, para os que tiveram menos sorte, começamos a entender o mundo. Nos capítulos seguintes somos nós mesmos, os escritores, atores e diretores desta obra ímpar.
Para os que sonham pouco: o mundo é grande demais. Para os que os que desejam muito, o planeta pode até parecer pequeno. Queiramos ou não, o último capitulo terá como título: A MORTE CHEGOU. Resta-nos apenas, daí em diante, a compreensão no juízo de valor daqueles que ficaram.
Pela Lei Provincial nº 113, de 06 de maio de 1843 a então Vila de Santo Antão “pariu”, sem dor, a cidade da Vitória. Cem anos mais tarde, em 31 de dezembro de 1943, Vitória ganhou o “sobrenome” DE SANTO ANTÃO.
Durante esses 170 anos vividos nosso torrão ganhou forma. Ostentamos hoje o título de Capital da Zona da Mata. Figuramos entre as dez cidades mais prósperas, economicamente falando, do Estado. Homens e mulheres de bem, ao longo de todo este tempo, construíram a Vitória de Santo Antão dos dias atuais.
Inexoravelmente a cidade da Vitória não terá escrito, no seu livro da vida o capitulo: A Morte Chegou. Sendo assim, ela seguirá por muitos 170 anos contando a história dos seus filhos, história estas, escritas por eles mesmos, cada qual, no seu livro.
Faço agora uma pergunta: Qual é a Vitória de Santo Antão que queremos deixar para os nossos netos, bisnetos e trinetos? Nesta data emblemática o tempo é de comemoração e também de reflexão. Terminarei essas linhas lembrando a célebre frase de Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”
o amigo Edalvo é uma pessoa de grandes méritos Vitoriense.