Quem nada tem, nada dá

FOLHA DE PERNAMBUCO

Terminado o prazo, no último sábado (30), para as convenções partidárias em todo País, os partidos e coligações correm agora para os chamados “Registros de Candidaturas” que se encerrarão no próximo dia 05. A dinâmica eleitoral impõe aos eleitores e principalmente aos candidatos uma agenda própria onde seus prazos atende a uma calendário especifico.

Em nossa cidade, a disputa eleitoral que se avizinha tende a ser mais uma vez polarizada, de maneira que o eleitor fica numa espécie de “sinuca de bico” para dar o seu precioso voto, ou seja, é motivado a votar no menos ruim, para fazer perder, no seu entender, o pior.

Pelo menos nos últimos 50 anos, o debate político em nossa cidade foi apequenado para justamente polarizar a disputa e não deixar que o bom debate, com projetos consistentes e transformadores, cheguem como uma opção interessante para eleitor comum.

A família de Coronel José Joaquim, representada, aqui na cidade anteriormente pelos  senhores políticos Nô Joaquim e Dr. Ivo Queiroz e hoje Henrique Queiroz, José Aglailson e seus filhos, tentavam dividir a cidade, em dois lados: o lado dos “ricos” e o lado dos “pobres”.

Nos palanques do passado diziam os políticos do atraso:

“Quem é pobre, vota em pobre e os ricos votam
nos ricos”

(…)

“O que é que o camarão tem na cabeça? M###. Então o que esse candidato rico  da Pitú tem na cabeça?” – diziam se referindo ao então candidato a prefeito de Vitória, o empresário José Augusto Ferrer.

Muito bem, o tempo passou e hoje, meio século depois, nada mudou. Ao assumir o comando da Prefeitura em 2001, José Aglailson mapeou a cidade, levando em consideração a densidade eleitoral de cada bairro e usou os recursos financeiros da Prefeitura para dar emprego e montar seu “exército” eleitoral. Passou seus oito anos, junto com seus filhos, “zombando” da cara do povo.

Ao assumir pela terceira vez o comando da Prefeitura, Elias Lira, que prometeu fazer tudo diferente caso ganhasse a “parada”, vem dando continuidade ao projeto “eleitoreiro” da gestão anterior, mudando apenas os parentes e o pessoal de fora, sendo assim a população de Vitória certamente passará mais uma vez toda campanha escutando apenas  músicas e baixarias, até porque diz a sagrada escritura dos violeiros:

“Quem tem o mel dá o mel, quem tem o fel dá o fel e quem nada tem, nada dá”.

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