E a Prefeitura tem lá “moral administrativa” para fiscalizar alguma coisa no trânsito da cidade?

No último fim de semana o Jornal do Commercio, na página 5 do caderno de política, exibiu matéria onde a Assembleia Legislativa do Estado acaba de aprovar projeto de lei – 458/2011-  proposto pelo deputado sertanejo Odacy Amorim (PT), onde torna obrigatório o oferecimento de touca descartável pelos mototaxistas na hora de fazer a corrida. Caso tenha alguma inconstitucionalidade, o Governador Eduardo Campos poderá vetar o projeto na hora de sancionar.

Muito bem, em nossa cidade, onde o serviço de mototaxista se tornou uma importante engrenagem no tão esperado desenvolvimento, sai prefeito, entra prefeito e a categoria sempre é usada como massa de manobra política.

Foto: VITÓRIA HOJE - ANO III - Nº 24 - MARÇO 2002

Todos nós lembramos que foi lá na gestão do folclórico ex-prefeito José Aglailson que as PAIMAS começaram, quando o mesmo distribuiu batas vermelhas com a marca do seu governo, usou e abusou dos bem intencionados profissionais e depois de conseguir reeleger-se, como também eleger os seus candidatos, dentre os quais seu filho, “deu um verdadeiro chute no traseiro” dos profissionais das duas rodas.

Elias Lira, que vem dando continuidade as gestões de Aglailson, mudando apenas os parentes e as  pessoas  de fora, continua na mesma pisada. Fez evento na Praça Duque de Caxias para distribuir as batas numeradas, que serviu apenas para usar os mototaxistas, como uma espécie de outdoor ambulante, ficar andando pra cima e pra baixo exibindo propaganda do seu governo, não tem mais credibilidade administrativa de organizar  nada para categoria, até porque já se passou mais de três anos e não conseguiu sequer organizar os pontos, sendo os próprios motoqueiros que compram as tintas e as aplicam nos meios fios.

Caso a referida lei realmente entre em vigor, deverá colocar a prefeitura em uma tremenda saia justa, já que será o órgão encarregado da fiscalização, pois não podemos acreditar que  uma prefeitura que regulamente ponto de mototáxi em cima de praça e calçada, que não  tem o menor controle de quem pratica o serviço na cidade, vai ter lá alguma moral para exigir que os motoqueiros disponibilizem toucas para usuário?  Isso mais parece uma piada.

Em contato com motoqueiros como também o senhor Dilson Lira Filho (foto acima), que é ligado a categoria, os dois aprovam as medidas, dizendo que é uma questão de higiene. Já na questão da efetivação, na prática da nova lei, Dilson disse: “só acredito se houver mudança na atual fiscalização”. Já Flávio (foto ao lado) um dos motoqueiros ouvidos disse: “esse negócio de touca vai ser igual aquele negócio do kit primeiros socorros que inventaram, foi só cascata” – lembrou o motoqueiro que não acredita que a nova lei realmente venha  “pegar”.

4 pensou em “E a Prefeitura tem lá “moral administrativa” para fiscalizar alguma coisa no trânsito da cidade?

  1. Acredito e torço para que essa lei não seja sancionada. É questão de higiene? Talvez, mas é uma ameaça a segurança pública. Pessoas encapuzadas por aí não me parece uma medida razoável para proteção da higiene.

  2. Isto é uma touca ou é uma máscara? compreendo é importante para higiene, concordo que numa cidade como a nossa não deveríamos usar capacetes e assim diminuiria os assassinatos, principalmente com a polícia preparada que temos que quando um assassino executa alguém sempre o crime fica como crime não elucidado. AH tem mais sem o uso dos capacetes ficaria melhor para nós admirarmos os rostos lindos das mulheres de Vitória.

  3. Existe uma diferença entre touca e capuz. A touca que estão prevendo ela é descartavel, e só envolve a cabeça (couro cabeludo) diferente da foto, o motivo de seu uso é para não proliferação de piolhos e bactérias, donde já foi provado que os capacetes utilizados por muitas pessoas, até enfermas, podem transmitir doenças dependendo da baixa imunidade da pessoa. Em relação dos moto-taxis, é uma atividade que gera ocupação e renda, porém os números mostram que há de se ter uma maior fiscalização pelo risco de acidentes, sendo assim, tudo que for em prol da preservação da vida e da saúde do passageiro, que como em qualquer outra atividade, está sendo ali o cliente, na minha opinião é válida, e em todas as atividades regulamentadas tudo há de ser ter um custo, mas esta oneração boa por ser preventiva…

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