João Pessoa/PB – por historia_em_retalhos.

Em 05 de agosto de 1585, era fundada João Pessoa/PB, a terra onde o sol nasce primeiro.

A bela e ensolarada capital paraibana, curiosamente, não nasceu na linha do mar, mas em uma colina às margens do rio Sanhauá, um afluente do rio Paraíba, 18km acima da foz deste último.

Naquele momento, os índios tabajaras uniram-se aos colonizadores, oferecendo-lhes apoio militar.

Com a aliança, os dominadores conseguiram expulsar os índios potiguaras da região, conquistando o acesso pelo rio Paraíba e fundando João Pessoa, com o nome de “Cidade Real de Nossa Senhora das Neves”.

N. Sra. das Neves era a santa do dia.

Um aspecto histórico importante da cidade deve-se ao fato de a sua fundação ter-se dado durante a chamada União Ibérica (1580/1640), período no qual as monarquias de Portugal e Espanha fundiram-se politicamente.

Foi por essa razão que J. Pessoa também já foi conhecida como “Filipeia de N. Sra. das Neves”, em reverência ao rei Filipe II, que acumulava os tronos dos dois países ibéricos.

A denominação atual, “João Pessoa”, é uma homenagem ao político João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assassinado em 1930, no Recife, quando era presidente da PB e candidato a vice-presidente da República.

O fato causou comoção nacional e é considerado o estopim da Revolução de 1930.

Porém, a escolha do nome não é consenso entre os pessoenses.

Muitos discutem a possibilidade de rever a homenagem, substituindo o nome por, por exemplo, “Paraíba”, “Filipeia” ou “Cabo Branco”.

Sustenta-se que a mudança (assim como a alteração da bandeira da PB) foi realizada em um momento de instabilidade, quando vários adversários de J. Pessoa estavam presos.

Acrescenta-se, também, que não há consenso acerca das virtudes do político, enquanto gestor, a justificar a honraria.

De outro lado, os defensores da manutenção do nome argumentam que J. Pessoa foi um homem de coragem, que combateu o coronelismo e o fortíssimo esquema das oligarquias durante a República Velha.

Independente da designação, porém, uma coisa é certa: a capital da PB chega aos 437 anos repleta de calor humano e de belezas naturais!

Parabéns, João Pessoa!

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