Num misto de marketing e tradição acontece amanhã – 19 de maio de 2018 – o badalado casamento do príncipe Harry com a atriz americana Meghan Markle. Nós, do “mundo do ocidente”, fomos acostumados e doutrinados a valorizar e até admirar a família real britânica – coisas do processo colonial e do imperialismo moderno. Comenta-se que o evento está movimentando algo em torno de um bilhão de libras, o que equivaleria a cerca de R$ 4,9 bilhões de reais. Na terra da Rainha esse tipo de evento vende de tudo: desde o tradicional pacote turístico aos mais bizarros souvenirs . Badalação e glamour são as bolas da vez………
Nesse contexto, contudo, nossa cidade, Vitória de Santo Antão – resguardada as devidas proporções entre os eventos – segundo os registros da época, vivenciou um enlace matrimonial bastante atípico, para os costumes dos santonesnes de outrora.
Oriunda de família de intelectuais e muito conceituada na sociedade, a escritora e ativista social, Martha de Holanda, que casou no início do século XX, com o poeta e historiados Teixeira de Albuquerque, deu uma “sacolejada” nos costumes, quando, antes mesmo dos convidados vê-la vestida de noiva – em modelo não convencional – desfilou em carro aberto pela principais ruas da cidade. O portador das alianças (pajem) adentrou a igreja em trajes sumários, causando muito frisson, principalmente ao celebrante.
Hoje, certamente, em pleno século XXI, na “Era da Comunicação”, onde praticamente todos as rígidas regras sociais estão caindo em desuso, suas ações e novidades ganhariam muita repercussão nas redes sócias, não só pela extravagância, mas sim pela originalidade. Fica então, ao gosto do internauta, dimensionar e imaginar o volume de burburinhos e disse-me-disse, ocorrido naquele contexto…….
Não entendo porque se perde tanto tempo de uma pessoa, ou melhor e comportamentos ridículos atribuídos a esta senhora.
“Trajes sumários”….
Quem dela fala só fala de aberrações de consumes para a época, e nada mais!
Se era poetisa, cadê os versos? Divulguem o que de bom a mesma produziu….