Na medida do possível, diariamente, procuro enviar conteúdos qualificados para os meus contatos de WhatsApp, levando em consideração o interesse particular de cada sujeito. Isso faz parte da boa convivência na internet e “aperta”, também, o chamado “laço de amizade”.
Pois bem, após receber do amigo Paulo Lima conteúdo sobre um fato curioso, envolvendo os efeitos da Segunda Guerra Mundial em solo brasileiro, ontem, acabei encaminhando o referido material para o amigo e sempre atualizado, detentor de uma cultural geral agigantada, Ronaldo Sotero.
Em ato contínuo, na manhã de hoje, o mesmo (Ronaldo) me brindou com um texto extraordinário, digno de quem é um profundo conhecedor da matéria em tela. Ao que, em tom brincadeira, no zap, respondi: dando de lapada na IA.
Segue o texto:
NATAL: TRAMPOLIM DA VITÓRIA – Ronaldo Sotero.
Quem ainda não sabe o papel que a cidade de Natal, Rio Grande do Norte representou para os Aliados na 2a Guerra Mundial precisa ler, de início, o excelente livro de Roberto Muylaert, de título 1943 -ROOSEVELT E VARGAS EM NATAL.
Sua localização estratégica foi um trunfo para os americanos que ali chegaram em 1942 para preparem as grandes operações aéreas e navais. Daí a cidade ter ganho o alcunha de TRAMPOLIM da VITÓRIA.
O Departamento de Guerra americano classificou Natal como um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo junto com Suez, Gibraltar e Bósforo.
O Brasil passou a ser o quarto país a consumir Coca-Cola depois dos EUA, Inglaterra e Canadá, com a instalação em 1941 da primeira filial brasileira em Recife e, em seguida, em Natal, outra fábrica do refrigerante.
Em 1943, o presidente americano Franklin Roosevelt se reuniu com o presidente brasileiro Getúlio Vargas na capital do Rio Grande do Norte. Ali foi selada a adesão do Brasil com os aliados, demovendo o ditador Vargas de sua simpatia ao nazismo. Roosevelt, por sinal, teve quatro filhos alistados nas forças armadas americanas na 2a Guerra Mundial. Um exemplo de patriotismo.
O aeroporto de Natal foi o mais movimentado do mundo em 1944 com um avião em pouso, ou decolagem a cada quatro minutos, dia e noite. As super-fortalezas voadoras B29 eram vistas nessa base aérea de Parnamirim, quando iam para áreas de conflito no Pacífico ou voltavam da Índia e Ásia.
A logística da base durante a guerra movimentou cerca de 2.400 veículos, entre caminhões e jipes.
O deslocamento para o teatro de operações na guerra contra os alemães dos aviões americanos a localização de Natal favorecia, porque o mar ali está mais próximo da África que de São Paulo.
Uma ironia da guerra. Com o final do conflito, quem mais lamentou a partida dos americanos foi a população de Natal, que durante o período da permanência das tropas a cidade ganhou hábitos, desde a alimentação, a moda, a cultura (o interesse pelo inglês foi alto), namoros com os militares, que resultaram em casamentos.
A economia favoreceu a todos, com muitos empregos e circulação da moeda americana no comércio. Vários atores famosos de Hollywood chegavam a cidade para shows com o objetivo de levar ânimo aos soldados. Natal nunca mais foi a mesma.
LER PARA ENTENDER.