Símbolo maior do atual descompasso histórico urbanístico da nossa cidade, o “Mercado de Farinha”, outrora, construído e inaugurado como “Mercado de Cereais”, justamente para atender as reivindicações dos comerciantes da época, hoje, se configura num exemplo, pronto e acabado, de como é vantajoso – para os invasores – invadir e se utilizar de espaços públicos na nossa cidade.
Tudo isso com a complacência do Poder Publico Municipal de plantão, que apenas serve para “validar” construções irregulares nos espaços reconhecidamente públicos, suprimindo, assim, o sentimento coletivo em detrimento do privado.
Ao longo das décadas os maus exemplos se multiplicaram: o atual Fórum da cidade, é bom que se diga, repousa sob a Praça Professor Juca. Nos vários loteamentos da cidade, áreas destinadas ao lazer – exigência legal –, muitas vezes, foram “negociadas” pelos próprios políticos ou mesmo pelos seus representantes (legais) para assuntos de natureza eleitoral. Puxadinhos em calçadas e até prédios inteiros construídos sob o passeio público, em nosso lugar, foi quase “normatizado”…..
Num passado não muito distante, aqui pelo blog, publicitamos as invasões e posteriores construções na “Barreira da Compesa” (2011). No centro da cidade, próximo à Estação Ferroviária, onde existia uma parada regular de ônibus, virou uma espécie de “shopping de irregularidades” (2015). Detalhe: divulgamos uma sequencia de fotografias mostrando o “dia a dia” do andamento das obras.
Para não ficar apenas olhando pelo retrovisor, dias atrás, no Cruzamento da Rua 15 de Novembro com a via conhecida como “Estrada Nova”, justamente onde tem uma faixa de pedestre, uma construção no passeio público, que elevou o nível do mesmo em quase meio metro, está obrigando os pedestres a circularem na faixa de rolamento, dividindo o espaço com carros, motos e ônibus.
O curioso, intrigante e contraditório, é que no referido local funcional uma unidade educacional, que aliás deveria calibrar os seus esforços às boas práticas de acessibilidade e segurança.
Para encerrar, fica-nos algumas perguntas: até quando nossa cidade será vítima desse tipo de procedimento? Será que a sociedade, mesmo em tempos de internet e redes sociais, terá que se sujeitar a esse expediente nocivo ao bem comum? E o Poder Publico, vai continuar omisso?
Justas,sensatas e pertinentes sua exposição e análise. Os iniciadores desse famigerado processo foram o doutorzinho e o amarelo.. Cabeção sdeu sequência. Aglailson Júnior prometeu que iria limpar a Duque e a praça da Bandeira ; terminou o mandato e nada feito. Agora é a vez do Paulo. Saem ou não saem as recuperações dos 2 espaços?
Dileto amigo Pilako: a arrogância do povoo de Vitoria, do vitoriense é incrível; veja que não só essa empresa, mas diversas outras empresas e pessoas que se dizem de bem não respeitam a acessibilidade; preferem que o pedestre se “ferre” nas ruas, tanto crianças como idosos e deficientes físicos!
Veja a calçada do Colégio Dias Cardoso: 3 barracas na calçada empurram jogam para o ‘meio da rua”‘ dos estudantes, o Estado de Pernambuco é inerte!
No mais, temos ai uma tradição de mais de séculos onde as calçadas não sao respeitadas pelos proprietarios!