João Pessoa – por @historia_em_retalhos.

Que fato aconteceu neste bonito prédio da foto?

Este imóvel fica na Rua Nova, centro do Recife.

Nele, funcionava a Confeitaria Glória, local em que, no dia 26 de julho de 1930, há exatos 93 anos, foi assassinado João Pessoa, governador da PB e então candidato a vice-presidente da República, derrotado pela chapa de Júlio Prestes.

Embora o crime não tenha sido motivado por razões políticas, este fato é considerado o estopim da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder e pôs fim à política oligárquica do “café com leite”, a chamada República Velha.

Em verdade, João Pessoa e o seu algoz, João Dantas, eram inimigos capitais, por razões locais, que se intensificaram a partir do dia em que o primeiro ordenou a realização de uma devassa no escritório do segundo, trazendo à tona um relacionamento amoroso secreto que Dantas mantinha com a poetisa Anaíde Beiriz.

Não importava!

Este crime, aliado à insatisfação generalizada com as fraudes da política dos governadores, à crise de 1929 e à não observância, por parte de SP, do acordo de alternância do poder com MG, efervesceu o país.

Em 03.10.1930, os militares liderados por Vargas, no sul, e Juarez Távora, no norte, convergem para o RJ e depõem o presidente Washington Luís.

Naquele mesmo ano, em uma decisão que, até hoje, divide opiniões, a capital do estado, antes denominada Parahyba, passou a chamar-se João Pessoa, em homenagem ao governador assassinado.

Há controvérsias, mas muitos afirmam que foi de Pessoa a célebre resposta do “nego”, expressão presente na flâmula da PB, quando ele rejeitou a adesão às forças “perrepistas”, dando fôlego à chamada Aliança Liberal, com RS e MG.

Poucos sabem, mas este fato histórico também alcançou o cancioneiro popular!

Incompreendida por muitos, a canção “Paraíba Masculina”, imortalizada por Gonzagão, retrata a participação do estado na Revolução de 1930.

De nome feminino, pequenina e brava, a PB foi decisiva nesta importante quadra, contribuindo para a inauguração de um novo ciclo na história do Brasil.

Paraíba, sim senhor!

A quem interessar, indico o filme “Parahyba Mulher Macho”, de Tizuca Yamasaki!
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