Em 13 de dezembro de 1912, há 110 anos, nascia, em Exu/PE, Luiz Gonzaga do Nascimento, considerado o maior artista nordestino da história e eleito, pelo voto popular, o pernambucano do século 20.
O Rei do Baião, como se notabilizou, colocou o Nordeste no mapa do Brasil e do mundo, sendo um precursor, um divisor de águas, que abriu as portas para outras gerações de talentos nordestinos, amplamente influenciados por ele e que o tinham como a principal referência artística.
Desde criança, interessou-se pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba.
Saiu de casa em 1930 para servir ao Exército, como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro.
Em 1939, deu baixa e foi morar no Rio de Janeiro, onde estavam as grandes rádios da época, levando consigo a sua primeira sanfona nova.
Após ser descoberto por um grupo de cearenses, na região do Mangue, decidiu investir musicalmente nas suas origens, passando a tocar xote, xaxado e baião, o que teve grande aceitação.
A partir daí, a sua carreira decolou, sendo, de 1946 a 1955, o artista que mais vendeu discos no Brasil.
Poucos sabem, mas uma proeza de Luiz Gonzaga foi a de ter sido o primeiro artista a realizar uma turnê pelo território nacional.
Antes dele, os cantores não saíam do eixo Rio-SP.
Gonzagão gostava mesmo era de viajar, de fazer shows e de tocar para plateias do Brasil inteiro!
Cantou a seca, a chuva, a fauna, a flora, a dor, o sofrimento, o amor, a alegria, o Nordeste, o Brasil.
Na última vez em que esteve em um palco, em 06.06.1989, no Teatro Guararapes (Recife), já com o auxílio de uma cadeira de rodas, disse, com a voz trêmula:
“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor…”.
Você conseguiu, majestade.
33 anos de saudades.
Luiz, pra sempre rei!
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