Transição de governo: políticos ou mascates?

Com pouco mais de um mês de distância do dia “D” do segundo turno das eleições gerais brasileiras é possível dizer que o eleitorado já virou a página para outro assunto, mesmo que alguns “patriotas raiz” insistam marchando noutra direção. Com as esperanças renovadas e mais uma vez embriagados com o sonho do hexa, vivenciando uma copa do mundo em pleno mês de dezembro, que simbolicamente já é um recorte temporal meio lúdico, o País, diferente de antes, agora, é todo “verde-amarelo”.

Pois bem, mas para uma parcela mínima da população que acompanha diariamente o noticiário político/administrativo, sobretudo nesse momento singular,  em que chamamos de transição de governo, poderíamos dizer que, apesar das muitas leis regulamentando esses trâmites (transição), fica- nos a impressão que a transparência continua sendo uma espécie de “letra morta” – não confundir com ansiedade política.

Seria importante, tanto em nível estadual quanto nacional, que os números e informações com os seus respectivos diagnósticos, em linguagem clara e objetiva, fossem divulgados pela grande imprensa ou mesmos pelos atores desse processo em suas redes sociais.  Ao que parece, os políticos, de maneira geral, só lembram que o povo existe na hora de chama-los ao campo de batalha eleitoral. Vale lembrar, também, que nesse momento os temas centrais da pauta eleitoral tornar-se-ão periféricos nas respectivas gestões administrativas.

Assim sendo, o mundo real do pragmatismo vai se impondo e, quando espremido, revela-nos que os vencedores, aos invés de se chamarem políticos deveriam se chamar mascates, pois tudo e todas as possibilidades do “mercado futuro administrativo”, rapidamente, viram  ativos mercadológicos em favor  dos seus interesses particulares, ou melhor: moeda de troca, quase sempre em desfavor dos reais interesses republicanos….

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