Vereadores: estado de greve ou prevaricação?

Através das redes sociais do vereador André Carvalho fiquei sabendo que a maioria dos nossos vereadores, recentemente,  não aprovaram um pedido de informação  na direção do Poder Executivo,  solicitado pelo vereador Carlos Henrique, no sentido da relação de nomes dos funcionários das empresas terceirizadas contratadas pela atual gestão municipal.

É natural que cada internauta que acompanhou a referida postagem tenha realizado  o seu próprio e devido juízo de valor, no que concerne às informações (filme) divulgada. Mas, independente de qualquer coisa, uma pergunta deverá ser realizada aos senhores vereadores que barraram a  tal solicitação: para que serve, então, a Câmara de Vereadores e qual o verdadeiro papel de um vereador à luz da nossa Constituição?

Em juramento, entre outros, o médico promete salvar vidas. Ao professor, além de educar,  cabe-lhe  a nobilitante tarefa de compartilhar conhecimentos. Julgar dentro dos rigores das leis é o oficio  número um de todo magistrado. Toda profissão/função  é digna e tem uma finalidade de existir. Qual seria, então, a finalidade da existência de um vereador no nosso atual contexto administrativo/político/jurídico?

Ora! Entre outras atribuições de um vereador, fiscalizar os atos do Poder Executivo seria uma espécie de “Cláusula Pétrea” da sua existência e da sua real função (missão) social. Para clarear o pensamento, podemos até dizer: o vereador é um funcionário público escolhido e pago com o dinheiro do povo para servir ao mesmo.

Pois bem, com efeito, voltando ao ocorrido na Câmara de Vereadores da nossa cidade, é algo que foge ao mínimo da razoabilidade saber que vereadores NÃO ESTÃO INTERSSADOS EM FISCALIZAR O PODER EXECUTIVO. E o que é pior: ATRAPALHANDO O SERVIÇO DO VERADOR QUE QUER CUMPRIR SUA FUNÇÃO. .É um verdadeiro samba do crioulo doido. É a mesma coisa de dizer que o médico não quer salvar vidas! Que o professor quer tornar seus alunos mais ignorantes. Que o juiz trabalhe pela aplicação da injustiça social …..e por aí vai…..

Sabemos que o direito de greve da classe trabalhadora está assegurado na Constituição brasileira. Estaria, portanto,  a maioria dos nossos vereadores em estado de greve  ou será que suas excelências estariam cometendo um crime tipificado por  prevaricação?  O pensador Aristóteles já disse:  “cada povo tem o governo que merece”.

Até parece que muitas vezes os vereadores da nossa cidade trabalham para “afundar” ainda mais a imagem da Câmara no seio da sociedade. Não à toa, as pesquisas de opinião pública atestam que as casas legislativas são os espaços com os maiores índices de reprovação perante a população.

Para encerrar essas linhas, em que registramos mais um fato lamentável protagonizado pelo Poder Legislativo local, gostaria de solicitar ao vereador Carlos Henrique o envio dos nomes dos vereadores que votaram contra esse pedido de informação, para deixar  na historiografia antonense o registro desses parlamentares que aparentemente ainda não entenderam a função que exerce  e,  nesse caso em tela, fazendo o papel de Judas, ou seja: traindo a confiança dos eleitores que neles hipotecaram  seus respectivos sufrágios, até porque: votar é um exercício de esperança!

1 pensou em “Vereadores: estado de greve ou prevaricação?

  1. Li o texto e, pasmei, como pode, não cumprir suas obrigações, e, além do mais não deixar que outros a cumpram. Vou visitar as sessões e saber um pouco mais.

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