a atriz e bailarina Daniella Perez – por historia_em_retalhos

Trinta anos do crime que modificou a legislação penal brasileira.

Se viva estivesse, a atriz e bailarina Daniella Perez estaria completando 52 anos neste mês de agosto de 2022.

Aos 22 anos, Daniella foi assassinada no dia 28.12.1992, pelo colega de trabalho Guilherme de Pádua e por sua então esposa Paula Thomaz, que a emboscaram e a mataram com 18 punhaladas, na Barra da Tijuca, RJ.

Segundo a autópsia, a atriz teve o pescoço, o pulmão e o coração perfurados.

Para quem não se recorda, na semana do crime, o personagem de Guilherme de Pádua (Bira) na novela “De Corpo e Alma” teve as suas cenas reduzidas, o que o fez acreditar que estaria sendo prejudicado por Daniella (Yasmin) e por sua mãe, Glória Perez, autora da telenovela.

Pádua, então, passou a pressionar a atriz a fim de que ela convencesse a sua mãe a aumentar a sua participação na trama.

Insatisfeito, arquitetou o crime junto com a sua esposa, que tinha ciúmes doentis de Daniella.

O crime bárbaro aconteceu durante a noite, em um local ermo, na Rua Cândido Portinari.

Apesar de ter comparecido ao velório de Daniella, em menos de 24h, Guilherme confessou o crime.

Orientado pela defesa, saiu-se com a mais previsível das alegações: pôr a culpa na vítima.

O ator disse que vinha sendo assediado por Daniella há alguns meses e que a atriz dizia viver uma crise conjugal, desejando um relacionamento com uma pessoa de sua idade.

Afirmou, ainda, que Daniella começou a ameaçar matar a sua esposa, após passar a frequentar ritos de magia negra.

Nenhuma dessas teses prosperou e o crime bárbaro chocou o país.

A indignação popular resultou na alteração da legislação penal, com a inclusão do crime de homicídio qualificado no rol dos crimes hediondos, muito se devendo aos esforços da mãe de Daniella, que encabeçou uma campanha, recolhendo 1,3 milhão de assinaturas.

30 anos após o crime, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou, em 2020, um feminicídio a cada 6 horas e meia.

Até quando?

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