02 de agosto de 1989.
Há 32 anos, o Brasil chorava a morte de Luiz Gonzaga do Nascimento, o “Rei do Baião”, considerado o maior artista nordestino da história e eleito, pelo voto popular, o pernambucano do Século XX.
Gonzaga colocou o Nordeste no mapa do Brasil e do mundo, sendo um precursor, um divisor de águas, que abriu as portas para outras gerações de talentos nordestinos, amplamente influenciados por ele e que o tinham como principal referência artística.
Nasceu em Exu/PE, em 13 de dezembro de 1912, interessando-se, desde criança, pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba.
Saiu de casa em 1930 para servir ao Exército, como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro.
Em 1939, deu baixa e foi morar no Rio de Janeiro, onde estavam as grandes rádios da época, levando consigo a sua primeira sanfona nova. 🪗
Após ser descoberto por um grupo de cearenses, na região do Mangue, decidiu investir musicalmente nas suas origens, passando a tocar xote, xaxado e baião, o que teve grande aceitação.
A partir daí, a sua carreira decolou!
De 1946 a 1955, foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando mais de 80 milhões de cópias vendidas.
Poucos sabem, mas uma proeza de Luiz Gonzaga foi a de ter sido o primeiro artista a realizar uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os cantores não saíam do eixo Rio-SP.
Gonzagão gostava mesmo era de viajar, de fazer shows e de tocar para plateias do Brasil inteiro!
Cantou a seca, a chuva, a fauna, a flora, a dor, o sofrimento, o amor, a alegria, o Nordeste, o Brasil.
Na última vez em que esteve em um palco, em 06.06.1989, no Teatro Guararapes (Recife), já com o auxílio de uma cadeira de rodas, com a voz trêmula, disse: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor…”.
Você conseguiu, majestade.
32 anos de saudades.
Luiz, pra sempre rei!
historia_em_retalhos.
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Belíssimo texto! Parabéns!