Torre de Cristal – por Marcus Prado.

QUANDO OLHO PARA a Torre de Cristal, de Francisco Brennand, erguida no Cais do Porto, meu olhar fotográfico, irremovível do vício de distorção das coisas e lugares, me faz ter a impressão de que ali está a famosa Torre de Einstein, de Erich Mendelsohn, máximo expoente da arquitetura expressionista, perto do Porto de Berlim. Vem de imediato a impressão, trazida pelas espumas do mar, de que, em vez de uma Torre, é um farol cheio de claridade e ninhos de aves marinhas.

A costa nordestina é um local de descanso e também de reprodução dessas aves, está na rota migratória do Atlântico, ainda mais porque o tronco dessa Torre e seu entorno possuem condições apropriadas de habitat para muitas espécies. Dizem que o lugar, quando a maré está baixa, serve de refúgio para namorados notívagos, porque foi dada à Torre o símbolo de objeto fálico como os que foram achados nas ruinas de Pompéia. Arqueólogos descobriram novas relíquias sob as ruínas da cidade de Pompeia, destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., tanto que uma delas tem semelhanças com a Torre de Cristal.

Marcus Prado – jornalista. 

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