Esta é a Ponte da Torre – por historia_em_retalhos.

Seguramente, você já passou por ela.

O que talvez você não saiba é que, nesta ponte, em 28 de abril de 1969, há exatos 53 anos, o jovem estudante de engenharia da UFPE e líder estudantil Cândido Pinto de Melo foi ferido a bala em um atentado político que o deixou paraplégico aos 21 anos de idade.

Em 1969, o país vivia o auge da ditadura militar, com a assinatura do AI-5, no final do ano anterior.

Neste dia, Cândido, que era presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), trafegava a pé pelo local.

Repentinamente, foi intimado por três homens encapuzados a entrar em um carro.

Reagiu e salvou a sua vida.

Porém, ao resistir à coerção, foi surpreendido por dois tiros, um no rosto e outro na coluna, que lhe seccionou a medula abaixo do peito.

A partir deste atentado, teve a sua vida virada de cabeça para baixo.

Cadeira de rodas, sucessivas infecções, além das altas doses de medicamentos.

Tudo isso, porém, não o impediu de continuar atuando na luta pela democracia e pelos direitos humanos, na defesa dos direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais, bem assim no papel de engenheiro biomédico, transformador de sua realidade.

Cândido era natural de João Pessoa/PB.

Em decorrência das sequelas deixadas pelo atentado, faleceu, precocemente, aos 55 anos, em 2002, no Recife.

Neste mesmo ano, a Lei Municipal n.° 16.826 deu à Ponte da Torre o seu nome.

Também levam o seu nome o Diretório Acadêmico de Engenharia Biomédica da UFPE e a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP).

Cândido Pinto, presente.

#ditaduranuncamais
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