Paulo Câmara deixará o Palácio como o pior governador para Vitória de Santo Antão.

Semana passada, exatamente na quinta-feira (21), a comitiva do Governador Paulo Câmara desembarcou na nossa Vitória de Santo Antão para acionar um conjunto de ações administrativas.  Não é todo dia que o chefe do poder executivo estadual  desfila por uma cidade interiorana. Para não cair na vala comum, como muitos tentam através das redes sociais,  não devemos menosprezar a figura do doutor  Paulo Câmara  . De maneira geral, sua administração não se configura num desastre administrativo.

Não obstante haver perdido seu mentor político ainda no contexto da campanha da sua primeira disputa (Eduardo Campos), o mesmo, apesar de naquela ocasião não gozar de certa  experiência política, conduziu o processo de maneira positiva. Aliás, a figura pessoal do governador Paulo Câmara nos transmite serenidade, tranquilidade e equilíbrio, ou seja:  ativos importantes  no atual contexto democrático brasileiro.

Ao contrário do que muitos apregoavam, Câmara  foi reeleito no primeiro turno, em 2018. Na condução da pandemia –  algo que não estava na programação de nenhum governante,  as ações do seu governo foram coerentes, seguras  e sintonizadas com a ciência. Pontuou positivamente. Se houve corrupção,  como dizem, são os órgãos de controles que deverão aponta-las, denuncia-las para que, mais adiante, as devidas punições sejam aplicadas.

Voltando ao nosso “mundinho” – Vitória de Santo Antão – no que se refere à passagem do governador, na qualidade de observador da cena política local, confesso que senti falta de um grande ato inaugural. Mesmo após 7 anos consecutivos sentado na cadeira mais importante da Palácio do Campo das Princesas, Paulo Câmara não inaugurou aqui absolutamente nada que mereça algum registro. Aliás, a meu juízo, se traçarmos uma equação,  levando em consideração elementos como: tempo de mandato + recursos disponível + sintonia com as lideranças políticas locais + necessidades gritantes do nosso lugar  + outras questões, seria possível dizer que Paulo Câmara foi governador de Pernambuco que menos fez por Vitória de Santo Antão.

Não podemos achar razoável, do ponto de vista administrativo,  que um governador,  no poder há 7 anos,  não tenha nada para inaugura numa cidade do porte da Vitória de Santo Antão e, ainda por cima, venha falar de futuro, como disse o doutor Paulo Câmara por ocasião de uma entrevista em nossas terras: “ações anunciando o futuro”

“um conjunto de ações e nós estamos tornando realidade, dentro do plano de retomada, a pandemia ainda está presente entre nós, a gente tem que gerar emprego e renda. E é isso que a gente está fazendo junto com os municípios e com essas ações anunciando o futuro, o futuro melhor para Pernambuco”

Pois bem, no meu modesto entendimento, quero crer  que esse desprezo, essa pouca atenção, esse descaso das gestões do doutor Paulo Câmara com a nossa Vitória de  Santo Antão seja consequência de uma espécie de  ANOMALIA POLÍTICA aqui praticada: ou seja: as três maiores forças política do município – todas com um assento na Assembleia Legislativa – “batem continência” para o senhor Governador Paulo Câmara.  Na cabeça das pessoas comuns e  de boa fé, essa situação – todos do mesmo lado – deveria ser uma “força maior”,  mas no mundo particular dos políticos, na verdade e na prática,  torna-se algo MENOR  para o desenvolvimento da nossa  cidade.

Vale lembrar que até à reeleição do então governador Eduardo Campo, em 2010, nossa cidade, do ponto de vista político, era um lugar “normal”, ou seu: a nível estadual, tínhamos  POLÍTICOS NA  SITUAÇÃO E OPOSIÇÃO.

Em função da figura hegemônica do  governador Eduardo Campo, o  então prefeito Elias Lira, no seu pragmatismo eleitoral, no processo da sua reeleição, em 2012,  se deslocou na direção do antes cognominado “Dudu dos Precatórios”. Vale lembrar,  também, que o então vice-líder do governo Mendoncinha, deputado Henrique Queiroz, já havia realizado a travessia no calor  eleitoral  do 1º para o 2º turno das eleições estaduais de  2006.

O resultado dessa ESQUIZOFRENIA POLÍTICA aqui ocorrida, em que os referidos atores políticos se portam como  “inimigos”  no plano local e subalternos  no plano estadual ao mesmo “senhor”, algo nunca antes anotado na história  da nova república  antonense, na última década, produziu, sob o ponto de vista político/administrativo do Palácio do Campo das Princesas,  em direção à Vitória,  uma cidade “SEM PROBLEMA”. Aliás, vale lembrar, uma gíria interna do mundo político: “ Vitória é uma cidade resolvida”.

Assim sendo, como na política não existe espaço vazio, é possível  dizer que os três lideres locais e os seus derivados curtem  do privilégio de não “aborrecer” o governador com problemas  e demandas que possam melhorar  a vida da população da nossa cidade  em detrimento de mais espaços políticos/eleitorais em municípios de outras regiões, assim como dos seus interesses particulares, pessoais e familiares.

Não é de hoje que digo que  o nosso município precisa acordar para deixar de ser CURRAL ELEITORAL DE ALGUMAS FAMÍLIAS. Vitória é a Capital da Zona da Mata e uma das cidades mais importantes de Pernambuco, mas, em função do regime político aqui reinante,  tornou-se  um lugar, aos olhos do governador do estado Paulo Câmara, INVISIBILIZADA. Portanto, assim, nessa verdadeira areia movediça política em que a população da Vitória de Santo Antão se meteu,  dificilmente   poderá avançar, para  demonstrar o seu valor. Fica a Dica.

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1 pensou em “Paulo Câmara deixará o Palácio como o pior governador para Vitória de Santo Antão.

  1. Esse Governador , já deveria ter saído há muito tempo! O pior governador que tivemos , com todos os erros possíveis. Agora, assim como muitos, começou a tapar alguns vários buracos em todos os aspectos, de olho na política, e sabendo que será vaiado onde chegar ! Incompetência e desonra, é o que podemos dizer em seus adjetivos! É uma pena !

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