Mototaxistas: será organizado ou continuará na bagunça?

 

No contexto da passagem do “Dia do Mototaxista”, ocorrido na semana passada, a prefeitura da Vitória, numa ação integrada,  capitaneada pela AGTRAN e várias secretarias, dentro dos movimentos alusivos à Semana Nacional do Trânsito,   realizou, na Praça Duque de Caxias ação para promover cidadania. Entre outros serviços “contou com recadastramento de mototaxistas regulares, que receberam camisas”.

Pois bem, antes de aprofundar no assunto dos mototaxistas, por dever de justiça, devemos   creditar ao atual diretor da AGTRAN, Marcelo Torres, algumas intervenções pontuais no nosso sistema viário,  que repercutiram  positivamente. Dentre elas, destacamos:  modificações físicas na Avenida Mariana Amália, Avenida Silva Jardim e Praça Severino Ferrer de Moraes. Aliás, não me canso de dizer: mobilidade urbana  sempre será uma obra inacabada, dada a sua complexidade e dinamismo.

Voltando ao assunto em tela – mototaxista -, na qualidade de curioso dessa  matéria trânsito, gostaria de dizer que não enxerguei com bons olhos o recente “oba-oba” promovido pela prefeitura na Praça Duque de Caxias. Vale lembrar que o serviço de mototáxis na Vitória de Santo Antão é uma realidade há mais de duas décadas e o mesmo, por parte dos gestores de plantão, nunca foi tratado com a devida seriedade.

Ao longo dos tempos os prefeitos de plantão mais se utilizaram politicamente dos profissionais das duas rodas do que propriamente lhes atenderam nas questões mais elementares. Lá atrás, no inicio dos anos 2000, por exemplo,  o então prefeito José Aglailson, prometeu à categoria “mundos e fundos”. Até de um cartão magnético  lhes seria fornecido para acessar outros benefícios.  De concreto, ao final, apenas uma bata vermelha com a marca da sua gestão: GOVERNO QUE FAZ.

Na ERA do GOVERNO DE TODOS, comandada pelo então prefeito Elias Lira,  os mototaxistas, além de serem usados mais uma vez gratuitamente  como propagandistas da marca da gestão, tal qual no governo imediatamente anterior,  foram induzidos e até “obrigados” a investir dinheiro na regulamentação e na compra de equipamentos individuais, sob a determinação de que só “ vai  rodar, quem tiver  placa vermelha”. Resumo da ópera: outra enganação pública. Até movimentos públicos, promovidos pelos mototaxistas ocorreram.

Na recente extinta gestão municipal, comandada pelo prefeito Aglailson Junior, outra decepção. Nesse intervalo de quatro anos até um cadastro fora anunciado, mas que seus resultados concretos foram diluídos no tempo e a realidade configurou-se num verdadeiro conjunto vazio.

Nossa cidade – Vitória de Santo Antão –, vale salientar,  não é uma cidade qualquer. Não podemos admitir que a população siga vulnerável, no sentido da utilização do serviço prestado pelos   mototaxistas. Continuamos a conviver com a bagunça no serviço, que é um empreendimento privado, mas que dever ser regulamentado e fiscalizado pelo poder público municipal. Sem mais, nem menos.

Ou seja: continuamos dançando valsa de olhos tapados à beira de um precipício.

Não sabemos quantos profissionais estão rodando, muito menos se estão todos habilitados e se suas respectivas motos estão em perfeito estado de conservação. Aos sábados, por exemplo, não é novidade para ninguém que  há uma “invasão” de pessoas de outras cidades prestando “irregularmente” esse serviço aqui.  Por incrível que possa parecer, para “fazer mototáxis” em Vitória, basta colocar uma bata qualquer e pronto. Infelizmente é assim que as coisas continuam se processando no nosso torão. Ressaltemos, porém, que existem várias cidades em Pernambuco que as coisas, no tocante ao serviço de mototaxistas, funcionam muito bem obrigado.

Para concluir essas linhas, em que procuramos fazer  um breve resumo da atuação das gestões municipais ao longo dos últimos 20 anos na questão do serviço prestado pelos  mototaxistas, em que praticamente todas ações promovidas pelas gestões municipais   anteriores FRACASSARAM, ao constatar que o atual prefeito, Paulo Roberto, nesse inicio de gestão, não procurou fazer diferente dos prefeitos anteriores, fica-me a impressão de que o serviço dos  mototaxistas na nossa cidade, infelizmente,  continuará  na bagunça. A esperança –  que é a última que morre –  residi  no tempo futuro e na caneta cheia de tinta que se configura num  ativo do atual gestor. Ficaremos na torcida………

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