“JUMENTOS QUEREM DERRUBAR, TIRAR O VERDADEIRO NOME DO RIO TAPACURÁ” – por Manoel Carlos.

Dileto amigo Pilako é vivendo e se impressionando com a pobreza de espirito de muitos ou alguns poucos. Explico: A alguns anos uma orde de maus amados senhores Vitorienses que, pela força, querem mudar o nome histórico de nosso querido, amado e mau tratado Rio Tapacurá. Esse algozes da verdade histórica não apresentaram até o momento uma única “gravura”, um único livro, um único registro que indique que, algum dia nosso amado, louvado, cantado em verso e prosa Rio Tapacurá tenha sido chamado, apelidado, nominado de “I”tapacura.

Pilako, realmente me surpreendo, e parafraseando Santo Antão “os jumentos querem derrubar o Altar”; só que neste caso o altar da verdade histórica: do nome de um rio pequeno, mas que fora testemunha do nascimento do que é hoje uma Cidade de porte médio, de conflitos armados, e por ai vai… Eu desconfio seriamente da sanidade de pessoas que chegam ao poder e, de forma soviética querem mudar a história pelo mero e triste desejo de impor suas vontades. Certas atitudes são típicas de homens que paga pra ser elogiado! Narcisismo no pior grau!

Bom amigo Pilako: quando passo às margens do nosso amado mau tratado Rio Tapacurá, e vejo que o poder público municipal colocou duas placas informando que o nome do mesmo é, agora, Rio I-tapacurá, chego a me lembrar da mítica figura do leviatã, o peixe feroz citado no Antigo Testamento. Hobbes emprega a imagem do monstro bíblico Leviatã para simbolizar um Estado poderoso capaz tanto de promover a preservação da vida, para impor a obediência dos indivíduos ao Estado soberano: e que tragédia estamos vivenciando: “reis mau coroados” querem impor aos súditos vitorienses uma mentira patrocinada com dinheiro público!!! Miserere Domini! O lema de S. Agostinho: Diligite homines, interficite errores, “Amai os homens, destruí os erros”, é corretíssimo. Esses homens vitorienses erram e aparentam amar seus erros, entretanto, sinto-me na obrigação de destruir seus erros!

Pilako é tão estupido querer destruir a história, é tão marginal se passar por defensor daquilo que, na verdade pretende destruir. A esse ou a esses destruidores e defensores de araque da história do nosso Rio Tapacurá, deixo para “ambos” o que pontificou o fundador da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, o magnifico Reitor Padre Leonel Franca, em seu Livro A Igreja, a Reforma e a Civilização:

“Grande é a responsabilidade de quem escreve. Agitar ideias é mais grave do que mobilizar exércitos. O soldado poderá semear os horrores da força bruta desencadeada e infrene; mas enfim o braço cansa e a espada torna à cinta ou a enferruja e consome o tempo. A ideia, uma vez desembainhada, é arma sempre ativa, que já não volta ao estojo nem se embota com os anos. A lâmina do guerreiro só alcança os corpos, pode mutilá-los, pode trucidá-los, mas não há poder de braço humano que dobre as almas. Pela matéria não se vence o espírito. A ideia do escritor é mais penetrante, mais poderosa, mais eficazmente conquistadora. Vai direito à cidadela da inteligência. Se a encontra desapercebida (e quantas inteligências desaparelhadas para as lutas do pensamento!) toma-a de assalto, instala-se no seu trono e daí dirige e governa, a seu arbítrio, toda a atividade humana. Pelo espírito subjuga-se a matéria.”

Manoel Carlos – bacharel em direito, especialista em processo civil, coordenador estadual da Liga Crista Mundial.

1 pensou em ““JUMENTOS QUEREM DERRUBAR, TIRAR O VERDADEIRO NOME DO RIO TAPACURÁ” – por Manoel Carlos.

  1. Boa tarde. O tema precisa melhor ser estudado
    O Imperador Dom Pedro II em seu diário ,quando de sua visita em 1859 à Vitoria (na época nao pertenica ainda ao Santo) ele chama nosso amado rio de ITAPACURÁ. Lembro que o autor da nota, dr. Manoel, assim como eu, somos MONARQUISTAS.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *