A coluna de Tavares de Miranda – por Ronaldo Sotero.

O Jornal Folha de São Paulo, em sua edição de 9.6.21, página B 14, na  série Perfis profissionais da Folha comemorativa ao seu  centenário, homenageia vários jornalistas que trabalharam no periódico  paulista,  narrando perfil desses profissionais.

Na citada edição, o vitoriense José  Tavares de Miranda  ( 1916-1992) é o homenageado, por sua  importante atuação no colunismo social, que marcou época. Fez parte do jornal de 1945 a 1986.  A elite da alta sociedade de São Paulo disputava um espaço para ser citada em sua coluna.

Criou um estilo de texto,  expressões logo incorporadas ao dia a dia dos leitores.  Trazia uma citação bíblica em cada edição.  A coluna de Tavares de Miranda era tão importante ou até mais, do que a primeira página,  por conta dos “furos de notícia” que ele publicava. Era irmão da também vitoriense de saudosa memória, a filósofa Maria do Carmo Tavares de Miranda.

Ele escreveu um livro de título Tampa de Canastra, com sua veia poética.

Sua filha mais jovem,  Ana Tavares de Miranda, também jornalista, foi secretária de imprensa do presidente FHC, de 1994 a 2002, e no período de  senador. Muito discreta, era uma das raras pessoas de acesso livre ao gabinete presidencial, tamanha sua proximidade com o poder. Ela recusava entrevista e justificava: Não, por favor. Assessor não é notícia. Quem deve aparecer é a autoridade. No dia em que assessor virar notícia, deixa de ser assessor”. Foi a resposta dada  revista Imprensa, em 6.2.1998.

Ronaldo Sotero – jornalista. 

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