Após as Eleições Municipais 2020, as campanhas políticas em Vitória nunca mais serão as mesmas!!!

Na noite da última quinta-feira, dia 05 de novembro 2020, no que se refere aos impactos das novas tecnologias,  no carcomido modelo de se fazer política/campanha na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão –, podemos dizer que demos um passo adiante. Por mera coincidência, o evento foi marcado exatamente no dia em que a imprensa antonense completou 154 anos de fundação, ou seja: em 05 de novembro de 1866, Antão Borges Alves publicou o primeiro jornal da nossa cidade –  “O Vitoriense” – dando assim a largada na imprensa do nosso lugar.

Pois bem, dentro das suas possibilidades,  do  ponto de vista técnico e visual,  a produtora do evento – BISTV – realizou seu trabalho com louvor. Oportunizou aos candidatos uma boa visibilidade  e aos eleitores um momento diferenciado. Na verdade, esse foi o segundo debate eleitoral com os candidatos a prefeito daqui, ocorrido em nossas terras.

A nota desafinada, por assim dizer, foi à ausência do prefeito e candidato à reeleição Aglailson Junior. É bom que se diga que, em nossa cidade, até agora,  “o candidato da estrutura” sempre  fugiu ao  debate. Em 2012, a TV Nova Nordeste, com sede em Olinda, promoveu um debate com os candidatos a prefeito da VITÓRIA. Por lá,  NO DIA E HORA MARCADO, apenas apareceu o candidato do Partido dos Trabalhadores, o empresário Jailton Albuquerque. Elias Lira, então prefeito e candidato à reeleição (estrutura) não compareceu  e, pela falta, justificou que tinha um importante evento de campanha, ou seja: uma caminhada com destino ao bairro de Redenção. O então candidato “Zé do Povo”, que concorreu pela Coligação “Frente da Popular da Vitória”, não se deu nem ao trabalho de justificar  sua ausência com uma desculpa qualquer.

Já em 2016, com relação ao debate promovido pela associação dos docentes do CAV-UFPE, dos cinco postulantes, compareceram apenas 3  candidatos:  Henrique Filho, Edmo Neves e Zé Catinga. O Aglailson Junior, tal qual em 2020,  também não deu as caras. O Paulo Roberto,  o então candidato da “estrutura” e defensor do legado do grupo amarelo e da continuidade na gestão do prefeito  Elias Lira, também preferiu fugir do debate.

Na ocasião, inclusive, gravei um vídeo com então candidato a prefeito Edmo Neves –  hoje candidato ao cargo de vice na chapa com Paulo –  fazendo-lhe, entre outras perguntas, quais  os questionamentos  que o mesmo iria fazer ao dois –  Paulo ao Aglailson Junior –  caso não  tivessem fugidos do debate.  Veja o vídeo.

 

Voltando ao debate promovido pela BISTV, na noite da última quinta-feira (05), podemos dizer que os candidatos não produziram um bom espetáculo, isto é, um debate sintonizado com o alto grau de problemas  estruturais “crônicos”  que a nossa cidade possui, assim como das incongruências nas  narrativas políticas dos mesmos.   De maneira geral, podemos dizer que o conteúdo produzindo foi raso e insosso.

Fica evidenciado também o alto nível de amadorismo da maioria das equipes de campanha dos  nossos postulantes ao cargo máximo do executivo local. Candidatos que abrem mão do escasso e precioso tempo  que dispõe para falar, num debate eleitoral,   é  a mesma que você entrar em campo para jogar e não querer “pegar” na bola.

Para concluir essas superficiais observações,  sobre o debate promovido pela BISTV, na nossa cidade, em 2020, podemos dizer que, em regra geral, os  postulantes que tinham mais conteúdo acabaram rendendo bem menos que o esperado, enquanto os que, reconhecidamente, são menos preparados para debater acabaram se saindo melhores e ficando no lucro. Portanto, podemos afirmar que,  na terra de João Cleofas de Oliveira, após as eleições municipais de 2020, as campanhas eleitorais nunca mais serão as mesmas!!! VIVA A INTERNET.

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