COVID-19: “O DIFÍCIL É SER FÁCIL”

Apesar de todas as informações disponíveis nas mais variadas plataformas de comunicação,  aqui e acolá,  ainda encontramos pessoas altamente desinformadas no que se refere a toda essa enrascada que estamos mergulhados.

Desatar esse nó planetário – em curto, médio e longo prazo – tá difícil.  Até para os estrategistas mais brilhantes qualquer desenho para  o “ataque” faz-se  necessário elementos seguros, dados e informações precisas  algo que, convenhamos,  até agora,  não dispomos. Por enquanto, por assim dizer, não sabemos nem em qual estágio da “guerra” nós estamos. Ou seja: “cegos no meio do tiroteio”.

Diariamente o inimigo avança. Diuturnamente, anunciamos mais infectados e mortos. As construções de mais  leitos hospitalares para cuidar das nossas baixas não param. Por enquanto não demos “um tiro” sequer – nem de raspão –  nesse tal de coronavirus.  É bem verdade que ele é invisível, mas pelo arsenal tecnológico que dispomos – em pleno século XXI –  e tantos “agentes e reagentes” envolvidos nos nossos quartéis (laboratórios), com base nos cinco continentes e  irmanados num só pensamento, convenhamos,  já era pra termos dado pelo menos um “susto” nessa COVID-19.

Nessa quarentena meu tempo para leitura tem se dilatado. Estou virando quase um infectologista. Mesmo com opiniões díspares me parece que,  fora o trabalho hercúleo dos profissionais de saúde,   o movimento mais acertado nessa “batalha planetária” tem sido o isolamento social.

Explico: primeiro,  por inibir/retardar  o contágio  em proporção geométrica, sobretudo pelos assintomáticos (que corresponde por mais de 80% dos casos). Segundo, por proporcionar um  “tempo extra” para que as autoridades construam novos hospitais de campanhas e monte estruturas logísticas para atenuar os efeitos da parcela da população que  precisará  de internação, invariavelmente, muito acima da capacidade de atendimento  da rede hospitalar, em qualquer país do mundo, diga-se de passagem!!

Em se tratando de Brasil, por exemplo, no que se refere à comunicação com a população, as autoridades, ao meu ver,  deveriam ser mais pedagógicas. Ao invés de repetirem  essas palavras todos os dias –  “achatamento da curva”, “espiral de contagio”, “colapso de sistema” e “lockdown” –  deveriam explicar o monumental problema para a população de maneira bem mais simples, dizendo:

“minha gente, é o seguinte: entenda bem porquê precisamos evitar a rapidez no contágio do vírus. Vamos imaginar que uma pessoal ganhe $ 1.000,00 por mês. E suas despesas com feira, água e luz somem $1.000,00 por mês. Ao final ano ela gastou $12.000,00”

“Vamos imaginar que no 3º mês do ano – março – ela  fosse obrigada a pagar os $12.000,00 de uma vez? Daria tudo errado!! Você não teria condições de ter esse dinheiro no terceiro mês do ano. Né verdade?”

Voltemos ao problema da pandemia.  É isso que o isolamento social horizontal tem por finalidade evitar. Que muitos precisem do internamento (respiradores) ao mesmo tempo!! Sem pandemia – em tempos  “normais”-  o sistema de saúde pública do Brasil já é um caos. Quem utiliza  constantemente  o sistema sabe exatamente do que estou falando!!

Não existe mágica. Em casos de epidemia e pandemia devemos nos guiar primordialmente por duas ciências: medicina e matemática. Deixemos a ciência política adormecida nesse momento. O período eleitoral já já chega! Isto é: se não morremos todos agarrados, antes…….Encerro essas linhas lembrando o professor, pensador e poeta antonense, Sosígenes Bittencourt: ” o difícil é ser fácil”.

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