COVID – 19: É Tempo de Serenidade!!!

Em meio a esse momento nunca antes imaginado, chegamos numa sexta-feira atípica. Todas as boas e prudentes recomendações apontam na direção do lar. Daqui, da nossa Vitória de Santo Antão – centro do meu mundo -, sigo atento aos movimentos mundo afora,  no que se refere à escala do covid-19 e os seus impactos nas mais diferentes comunidades e segmentos.

Ao circular pelas ruas da nossa cidade, nos últimos dias, observamos no semblante da expressiva maioria das pessoas fisionomias em forma de interrogação. Há, de fato, muito medo e incertezas nas pessoas. No Pátio da Matriz, ontem (19), perguntou-me um ambulante conhecido: “Pilako, tu acha que vou ser proibido de vender minha mercadoria pelas ruas?”. Tranquilizei-o, dizendo: NÃO!! Mas mesmo que ele não seja impedido, como o próprio irá negociar se as ruas seguem  cada dia mais desertas……

Filosoficamente falando, nesse mundo pós-moderno e globalizado, até o nosso instinto mais primário  – sobrevivência  – parece ter ficado em segundo plano. Antes de viver ou morrer, algo natural em qualquer espécie, agora, a preocupação do sujeito é como serão os próximos dias, sem comprar, vender, pagar, receber e etc. Tudo isso se apresenta, principalmente aos mais vulneráveis, como algo muito mais urgente do que o próprio risco da contaminação.

Não obstante as implicações e impasses gigantescos, tais como fechamentos de aeroportos, portos e fronteiras, incapacidade gerencial da rede hospitalar em todos os países, no caso de uma contaminação fora de controle, desabastecimento  e etc  acredito que dentro da cabeça de um bom número de pessoas o pânico, por não conseguir conviver com todas essas incertezas, talvez seja o mais inquietante. Cada cabeça se configura como “um mundo” diferente. Imagino todos nós, sobreviventes, contando tudo isso num futuro não muito distante.  Sairemos mais fortes…….

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