OS PASTEIS DE DONA MARIINHA DE SEU CAQUILHO – Marcus Prado

O  MOTORISTA  pára o carro em Aguero, vilarejo  ao pé de um grande rochedo, com  pouquíssimas casas e uma  só torre de Igreja, no leste da Espanha,  e chego a  pensar  que  estou no paraíso.

Tudo ali era  calmo e tranquilo como antigamente acontecia   na Rua das Pedrinhas, em Vitória de Santo Antão. ( O silêncio é tanto que bem se pode ouvir a queda de uma folha seca sobre o chão) . Até quando, na  Plaza Mayor,  na vitrine humilde  de uma  casa de lanches, vejo  alguns pastéis expostos, e  meninos cheios de vida chegando ,  olhos arregalados.   Pareciam os  meninos do Pátio da Matriz na porta de “dona” Mariquinha de “seu” Caquinho, na Rua Imperial,  na hora em que a lenha do forno ardia, no preparo dos  pastéis.

Eis que me vejo , pela imaginação,  de volta à terra natal, ao tempo isento de qualquer  mudança, nas coisas e na paisagem.

Marcus Prado – Jornalista.

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