Hábitos do Primeiro Mundo no Imundo – por Sosígenes Bittencourt.

No Rio de Janeiro, atirar uma bituca de cigarro no meio da rua pode gerar multa. Basta o esquadrão da Guarda Municipal flagrar. Esse expediente é imitação do Primeiro Mundo, implantado no Imundo. E tem detalhe: se o sujismundo se negar a oferecer o número do CPF para o registro da ocorrência e a cobrança da multa, pode ser rebocado, delicadamente, a uma Delegacia. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Pois, se enterrar os pés ou se meter a besta, poderá até levar umas cipoadas na coluna vertebral.

Os antigos diziam que “quem não aprende em casa, Mestre Mundo ensina”.

Aqui, em Vitória de Santo Antão, eu apanhei uma bolinha de guardanapo, dentro da padaria, e joguei na lixeira, a garçonete me perguntou se eu era funcionário da padaria. Uma outra moradora me disse que “quando um homem era muito educado, ela pensava que ele queria enganá-la ou era veado.”

Se todos varressem a frente de suas casas, o mundo amanheceria limpo. No Japão, as crianças nem cospem no chão. Tudo questão de educação doméstica e perfeita sintonia entre a escola e a família.

Poluir o Meio Ambiente é uma forma de LAMBUZAR-SE. Quem suja, não só desrespeita o seu semelhante, mas revela baixa autoestima. Um ambiente desorganizado reflete uma desarrumação interior. É preciso fazer boa leitura do comportamento para chegar à causa do efeito.

Sosígenes Bittencourt

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *