Nesse segundo turno exitem cinco opções para seguir e não apenas duas, como se fala…….

Outro dia estava numa roda íntima de conversa. Na mesma, uma eleitora convicta do presidenciável Jair Messias Bolsonaro tentava convencer uma das jovens presentes pelo sufrágio, no próximo dia 28 de outubro, à direita. Com boa capacidade de argumento a jovem disse não encontrar nenhum entusiasmo para hipotecar voto na figura de um sujeito que em nada representava o que ela pensa. Não obstante, em ato contínuo, reconhecer que o projeto apresentado à esquerda, em função das muitas revelações de corrupção,  havia lhe decepcionado por demais. Confidenciou, a jovem, encontra-se bastante confusa.

Solicitado a opinar nessa bola dividida disse que ela não era obrigada a ficar entre a “cruz e a espada” ou mesmo “morrer queimada ou afogada”. Na verdade, nesse segundo turno presidencial, haviam cinco possibilidades postas, todas previstas no jogo democrático do nosso País. A primeira opção  seria tomar a decisão de não comparecer ao local de votação. Posteriormente ela pagaria a multa e tudo resolvido. Abstenção também é um recado ao sistema, mesmo que  seja um tanto difuso.

Votar “nulo”, em tese, representa um protesto. Votar pelo “branco” seria um recado claro que as duas opções postas não lhes representa. isto [e fiquei sem ter em quem votar,  por não acreditar em nenhum dos dois. Até porque votar é um direito e como senhor do meu direito posso abrir mão de não usa-lo. Isso também democrático.

Ainda me reportando ao bate-papo eleitoral,  acima mencionado, exemplifiquei, na ocasião,  que na disputa do segundo turno de 1989 –  entre o Lula e o Collor – ocasião em  optei pelo “Caçador de Marajás” o tempo passou e ele me mostrou que eu erraria também se tivesse feito a opção pelo “sapo barbudo”. Se lá atrás eu tivesse a visão que tenho hoje, sem nenhuma dúvida iria de “branco”.

Sem essa de que “não deixe os outros decidirem por você”, até porque é o volume de votos para deputado federal que serve de calculo para o pomposo fundo eleitoral, motivo pelo qual o sistema alimenta certas “verdades” mentirosas.

Em um exemplo mais recente, chegamos em 2014. Dilma X Aécio. Outras duas “malas sem alças” (quadrilha do PT ou quadrilha do PSDB). Para quem vota sem ser, majoritariamente tocado pelo viés emocional ou mesmo comportamental,  escolher entre o ruim e o pior não é uma tarefa das mais fáceis. Aliás, apenas quatro anos mais tarde, a Dilma foi rejeitada pelas urnas e o Aécio  virou uma espécie de “lepra política”.

Resumo da ópera: a dita cuja eleitora continua rejeitando as duas  principais possibilidades mais debatidas. Depois que disse a ela que o meu voto em Collor, para mim, é uma espécie de nódoa eleitoral,  acredito que ela irá votar com uma camiseta na cor branca, para ficar em paz consigo mesma.

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