Paulo – Henrique – Saulo: Brasília não é algo inatingível para um “filho da terra”!!!!

Se para eleger um deputado estadual em Pernambuco já é uma equação difícil,  imaginar, portanto,  figurar entre os vinte e cinco deputados federais  pernambucanos que irão para Brasília, a partir de 2019, convenhamos, é mais complicado ainda. Os partidos e as coligações, diferentemente da intenção da maioria do eleitorado – trabalham e  fazem seus respectivos planejamentos  para justamente renovar o menos possível. Quando muito, investem na troca do pai pelo filho.

Pois bem, na qualidade de um dos maiores colégios eleitorais da interior de Pernambuco, nossa cidade, Vitória de Santo Antão, perdeu protagonismo na Câmara Federal (Brasília) nas últimas quatro décadas, justamente por priorizar os interesses “particulares/familiares” dos três principais grupos políticos locais: diga-se Elias, Henrique e Aglailson. Os “votos da cidade”, nas últimas eleições,  sempre foram “negociados” para empinar os projetos pessoais.  Aliás, meses atrás, postei aqui no blog que os deputados federais que foram bem votados na cidade, em 2014, destinaram nada, ou quase nada das suas emendas parlamentares para  contemplar o  nosso município.

Nessas  eleições –  2018 –  tivemos três postulantes locais na briga por uma cadeira em Brasília. Os três – Paulo, Henrique e Saulo –  não lograram êxito eleitoral, mas, de qualquer forma, suas postulações devem ter despertado no eleitorado antonense algumas reflexões positivas.

O que melhor pontuou eleitoralmente na cidade foi Paulo Roberto (17.232). Já o que mais conseguiu votos fora do município foi o Henrique Queiroz (28.815).  O atual vice-prefeito, Doutor Saulo, que fez uma campanha franciscana  na cidade, conseguiu ultrapassar a votação de Henrique. Ele obteve em Vitória,  6.910, do total de 11.142  alcançados em todo estado.

Numa leitura superficial podemos dizer que Paulo foi o mais competitivo (40.742). Levando em consideração que o seu objetivo maior é a prefeitura da Vitória acredito que se ele tivesse  disputado um mandato de deputado estadual teria tido amplas condições de efetivar-se  numa cadeira  na ALEPE, concretizando assim um espaço real de poder e ainda, na medida do possível,  provar ao eleitorado local que não depende de Elias Lira para ser político  até porque, convenhamos,  o mesmo (Elias) já tem herdeiro político  e, certamente,   o que puder fazer para lhe atrapalhar fará.

Ao se  “substituir” na ALEPE, em favor do seu primogênito (Henrique Filho), o velho Queiroz deu uma prova inequívoca do seu conhecimento político/biológico/empresarial. À nível estadual, sobretudo com a reeleição do governador Paulo Câmara, acredito que o seu espaço continuará vivíssimo. Em se tratando de política, Henrique Queiroz joga em  qualquer posição. Mas, para os mais atentos, saiu-se enfraquecido no plano local. Assim, para 2020, em Vitória, deverá ser uma espécie de “linha auxiliar” do primo prefeito.

Já com relação ao resultado político/eleitoral do ex-vereador e atual vice-prefeito,  Doutor Saulo Albuquerque, sua votação na cidade nos  sugere um fortalecimento político. Sem padrinho e sem estrutura partidária ou financeira o mesmo mostrou que tem um forte elo com praticamente todas as camadas sociais da cidade. Agora, tem dois anos para se cacifar na disputar à prefeitura local ou mesmo continuar na vice, já que o atual prefeito, Aglailson Junior,  nessas eleições, no plano local, não demonstrou a larga potencialidade e liderança que a liturgia do cargo deveria ter-lhe conferido.

Para concluir, portanto, se somarmos as votações totais dos três postulantes federais  – “filho da terra” – teríamos um somatório de votos (82.237)  que daria condições de elegermos um deputado federal em qualquer uma das  coligações. Sendo assim, fica provado, por “A” mais “B”, que Vitória de Santo Antão tem amplas condições de eleger um “filho da terra”,  para nos representar na Câmara Federal, lá em Brasília, no “Centro do Poder”.

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