Em plena campanha eleitoral – há exatos quatro anos (13/08/2014) – que o então postulante ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, amargou sua pior derrota. Vítima fatal de um grave acidente aéreo o ex-governador de Pernambuco morreu no auge da sua carreira política.
Com projeção nacional e imbatível no seu terreiro, ele ousou!! Sob a sua liderança colocou gregos e troianos. Quando quis, deu um chute na “bunda do PT” para acender um poste na prefeitura do Recife. Poste esse que em quatro anos conseguiu manter-se acesso e renovou o seu mandato.
Acometido de forte comoção o eleitor pernambucano lhe rendeu uma bela homenagem. Elegeu outro poste para sentar na cadeira mais importante do Palácio do Campo das Princesas. Quatro anos depois a penumbra administrativa ameaça o fechamento do ciclo do Partido Socialista Brasileiro nas terras de Duarte Coelho.
A tese do “poste” não é fácil. Lula deixou o poder na crista da onda ao acender “uma posta” e manter-se como maior líder da América do Sul. Hoje, alguns anos depois, ainda consegue mostrar a força do lulismo mesmo trancafiado numa cela em Curitiba.
Sem o seu criador – Eduardo Campos – a “criatura” Paulo Câmara, em quanto anos com a caneta na mão, viu o seu conjunto político perder a metade do tamanho (coligação) e ainda perdeu fôlego, sofrendo do chamado “ déficit de liderança”. Agora, o poste precisa mostrar se vai conseguir alumiar seu próprio caminho, uma vez que a vida dos pernambucanos continua na mais inconveniente penumbra.