Marília Arraes: SERÁ QUE HOUVE EM PERNAMBUCO O GOLPE NO GOLPE?

Na atividade política partidária não existe espaços vazios. Quando se busca e se constrói alguma alternativa –  e a mesma se torna viável – novas acomodações devem ser realizadas. Nesse contexto, porém, refiro-me às últimas movimentações da vereadora do Recife e “ex-futura-candidata” ao governo do estado de Pernambuco,  pelo Partido dos Trabalhadores, Marília Arraes.

A “retira” da sua postulação, às vésperas da convenção,  ganhou um grande espaço na mídia, dentro e fora de Pernambuco. Para quem milita na atividade política ou até mesmo para os eleitores/admiradores esse evento foi traumático, por assim dizer. No meu modesto entendimento, mesmo sem ser eleitor do PT, acredito que o partido dos trabalhadores  em Pernambuco poderá colher, mais adiante, frutos indesejados,  em função dessa atitude. Isso, só futuro nos dirá!!

Circula nas redes sócias um vídeo no qual a referida vereadora já se coloca como candidata a deputada federal, realçando, inclusive,  que o seu partido não fará coligação, sobretudo  com o PSB – partido pelo qual ingressou na vida pública. Pois bem,  diante desse enredo político eleitoral arrisco-me a dizer que tudo isso pode ter sido uma “jogada ensaiada”, pensada e articulada por esse pessoal que não “brinca em serviço”.

Muito bem, quem acompanha os noticiários políticos sabe muito bem que o motivo que  fez a vereadora Marília Arraes deixar o seu antigo partido (PSB) foi o veto ao seu nome, por ocasião do seu desejo em disputar uma  cadeira de deputada federal, lá atrás, quando sua tia,  Ana Arraes – então deputada federal  mais votada do estado – assumiu uma vaga no Tribunal Contas da União. O seu primo e todo poderoso Eduardo Campos, logo entendeu que essa “menina” – que nasceu dentro da política, tanto quanto ele – não poderia ganhar espaço e dimensão eleitoral. Pois, isso, atrapalharia o seu projeto político/familiar – e sua leitura não estava errada!! Em 2018, Marília vai rivalizar nas urnas com o primo João Campos.

Naquela ocasião, Marília acusou o golpe e deixou o ninho político/familiar para se abrigar no PT. De lá para cá – “com a faca nos dentes” – começou botar água no chopp do sistema. Jovem, bonita e articulada, logo foi identificada pelos “ninjas” do partido dos trabalhadores como boa “mercadoria” para  trocas, ou seja: criar novas situações.

Resumo da ópera: se a Marília Arraes, após o “golpe” que sofreu,  não tivesse aceitado  disputar – nessa eleição – um mandato para a Câmara Federal eu acreditaria que ela realmente havia sido vítima das “maldades” do senador Humberto Costa, mas, ao aceitar essa postulação e ainda ajudar o seu atual partido (PT) – que dizem haver lhe apunhalado  pelas costas – ganhar musculatura com o  seu possível bom desempenho nas urnas – embalando a tese de vítima – me parece algo que cheira a armação muito bem planejada e articulada,  onde todos saíram no lucro, isto é: Lula, Paulo Câmara, Humberto Costa, os candidatos do PT a deputado estadual e federal e, principalmente a dita cuja – Marília Arres – que, com essa  “confusão” toda,  ganhou musculatura política e projeção nacional.

Marília, certamente,  conseguirá o seu desejo, tolhido lá atrás, ou seja: SERÁ DEPUTADA FEDERAL POR  PERNAMBUCO e os militantes  que acreditaram nisso possivelmente ficarão  mais  motivados a votar e  para arrumar mais um voto ….mais um voto….mais um voto…..e mais um voto!!!!

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