Aos poucos, aqui e acolá, nas redes nacionais de televisão aberta, algo altamente controlado, apesar do fim da censura, estou assistindo e ouvindo opiniões na direção daquilo que penso e externo, há mais de uma década em debates e reuniões informais sobre a descriminalização das drogas ilícitas.
A repressão do estado jurídico e policial brasileiro, sobretudo na “Cidade Maravilhosa”, ao longo das décadas, vem demonstrado – em números reais e até visível a “olho nu”, do mais desatendo cidadão – que esse enfrentamento da maneira que está posto é pouco racional e nada inteligente. Olhar noutra direção se faz necessário!!
Esse tipo de política no Brasil fracassou nas duas pontas: não melhoramos a educação do povo e hoje ostentamos a terceira maior população carcerária do planeta. E o consumo de drogas tem diminuído? Em dezembro de 2014, tínhamos 622.022 presos. Em junho de 2016, saltamos para 726.712 encarcerados.
Faltando poucos meses para as eleições gerais – que ocorrerão em outubro próximo – os pré-candidatos a presidente da republica tem abordado o assunto da “segurança pública” de maneira rasa, sem estudos aprofundados e sem apresentar rotas alternativas, ou seja: continuam tentando empurrar o problema para “debaixo do tapete”. Há, inclusive, algum que diz que “bandido bom, é bandido morto!”
Seria muito bom que os grandes temas nacionais despertassem na população em geral, sobretudo do extrato social menos favorecido – a grande massa de eleitores – o interesse devido. Aliás, vale salientar: é justamente nessa faixa de eleitorado que recai com maior força os impactos negativos ou positivos da chamada macropolítica.