Marielle Franco: mais um caso urgente para ser desvendado na “Cidade Maravilhosa”.

Olhando pelo retrovisor do tempo pouco mais de uma década nos separa do estrondoso lançamento da película cinematográfica nacional “Tropa de Elite”. Para os cariocas dos morros,  uma espécie de documentário real. Já para os brasileiros mais afastados dos grandes centros e pertencentes às classes mais bem situadas socialmente, uma ficção! Algo, por assim dizer, surreal. Hoje, a grande mídia e as redes sociais nos retratam com fidelidade tudo aquilo que foi visto,  em tempo real. Já “familiarizados” com o roteiro,  assistimos a tudo isso sem nos sobressaltarmos.

O recente e trágico evento ocorrido na “Cidade Maravilhosa”, que ganhou proporções internacionais por envolver uma vereadora, é mais um! Igual a tantos outros… o problema não é saber quem matou ou quais foram os mandantes da morte da ativista social Marielle Franco. Com efeito, proponho outra pergunta: à quem interessa um “estado de poder” paralelo, dentro de uma “Estado Legal”, amparado por uma Carta Constitucional?

No Rio de Janeiro, todos os dias, muito antes da morte da parlamentar, filada ao Psol, se assassina o “Estado Brasileiro”, mutila-se a Nação e subtrai do patrimônio do povo a esperança da tão a sonhada Justiça Social. Quando se executa uma juíza de direito em via pública – Patrícia Acioli – quem sangra e agoniza nos asfalto é o estado de direito. Quando uma criança é vítima de bala perdida ainda dentro do ventre da mãe, nascer, algo natural, não seria mais o desejo de ninguém.

Matar a sangue frio uma parlamentar eleita com o voto do povo de cuja proposta eleitoral encontrou eco em mais de 46 mil vozes é dizer, de maneira clara e sem meias palavras, que nossa democracia é obra para inglês ver. A grande igualdade é respeitar e conviver com os diferentes.

Também não podemos achar que a extinção da polícia militar seja algo minimamente razoável. Esse é um discurso que depõe contra os ativistas, afinal, isso coisa de “gang”, ou seja: executar companheiro e colocar a culpa nos outros.

Para o povo do Rio e toda Nação brasileira continuar apoiando a intervenção militar no referido  Estado, como bem demonstram as pesquisas de opinião publicas, recentemente divulgadas,  não obstante tantas outras providencias urgentes, faz-se imperativo apresentar os assassinos e todo “mapa” dessa macabra operação, com roteiro ainda imprevisível, afinal, um bom discurso surgiu, sobretudo  para aqueles que já não conseguiam encontrar sentido e coerência naquilo que bradavam.

A grande pergunta é: a quantos segmentos interessa o Rio de Janeiro ser dominado pelo “estado paralelo”? Ao que parece, lá, na Guanabara, os principais atores de um (comando) dialogam muito bem com os chefes  do outro, motivo pelo qual –  imagino –  os dois serem irmãos siameses. VALE RELEMBRAR O DEPOIMENTO DO ENTÃO (FICÇÃO) CAPITÃO NASCIMENTO.

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