Elias, Henrique e Aglailson e as arrumações de bastidores para 2018!

Em função do prazo limite para filiação partidária – 07 de abril –,  para os que desejam disputar um cargo eletivo nas próximas eleições (2018),  os bastidores  estão a todo vapor. Não obstante o Governador Paulo Câmara está sentado na cadeira mais importante da província, sua frágil gestão, aliado à baixa popularidade, tem lhe tirado o poder absoluto na condução do processo sucessório local. Bem diferente do seu padrinho político, Eduardo Campos, que “casava e batizava” com opositores e aliados. O crescimento consistente  e ordenado das oposições em Pernambuco tem tirado do Governador Paulo Câmara o esperado cacife… Isso é fato!!

Após as recentes alterações na legislação eleitoral – se nada mudar – esse será a último pleito cujas coligações partidárias serão permitidas. Este, também, será o primeiro (eleições gerais) onde não será permitido o repasse de dinheiro por empresas. Ou seja: o financiamento se dará por meio do dinheiro público, através do fundo partidário e o chamado “fundão” – espécie de linha de financiamento criado pelos congressistas com o dinheiro do contribuinte. Nesse momento há muita articulação para se “botar a mão” nessa cifra bilionária.

Pois bem, na nossa cidade, Vitória de Santo Antão, pelo andor da carruagem, teremos, sem maiores dificuldades, novamente três deputados estaduais eleitos, representando os três grupos políticos locais – Elias, Henrique e Aglailson.

Com a chegada do ex-deputado estadual ao cargo de prefeito da Vitória, Aglailson Junior, já ficou evidente que o representante da família será o filho primogênito – Aglailson Victor. Segundo informações o prefeito, que é da cozinha do PSB pernambucano, escolheu outro partido para que seu filho ascenda ao parlamento estadual, isto é: o PP, comandado em Pernambuco pelo deputado federal Eduardo da Fonte.

Essa escolha deve-se,  exclusivamente, ao pragmatismo eleitoral. Nesse partido, segundo às previsões dos técnicos, elegerão de seis a oito postulantes, todos com votações relativamente modestas. Nesse contexto, porém, o prefeito Aglailson Junior será obrigado a dividir o “seu curral” entre as candidaturas a deputado federal de Eduardo da Fonte e João Campos. Pelo menos, isso é o que reza na cartilha dessa galera. Isto é: esse pessoal na dá nada a ninguém, apenas permutam situações. Com uma bancada na Alepe expressiva, Dudu da Fonte seria peça chave para qualquer governador eleito, seja ele da oposição ou situação. Por tabela o prefeito da Vitória, Aglailson Junior, estaria “bem na fita” em qualquer situação.

Com relação ao veterano Henrique Queiroz, onde o mesmo anunciou sua candidatura a deputado federal, aos poucos, as coisas começam ganhar tonalidade. Ligado ao setor canavieiro/sucroalcooleiro, segundo informações,  Henrique apenas estaria articulando espaço para o empresário Jorge Petribu disputar um mandato de deputado federal,  pelo Partido Novo, no qual irá se filiar.

Nessa situação o velho cacique Henrique Queiroz terá dois caminhos a percorrer: primeiro, ser candidato a deputado estadual e seguir tranquilamente para o seu 11ª mandato ou articular a candidatura do seu sucessor, Henrique Queiroz Filho, para ocupar o seu espaço na Assembleia Legislativa do Estado. É esperar pra ver…

A grande mudança, segundo os “cientistas políticos populares”, poderá surgir no grupo do ex-prefeito Elias Lira. Fazendo parte da cúpula partidária do PSD, no qual  o presidente estadual é o seu antigo aliado, deputado federal André de Paula, Elias poderá o usar o dinheiro do partido para assegurar um mandato de deputado federal para seu filho – Joaquim Lira – e concorrer, com amplas chances de vitória, a mais um mandato de deputado estadual.

No chapão ou fora dele, na situação ou oposição, o PSD pernambucano cresceu  e tem gordura para queimar ao ponto de assegurar votos suficientes para dobrar a bancada pernambucana, lá em Brasília. Nesse caso, mais adiante,  Elias Lira disputaria a prefeitura da Vitória em 2020, sem sucesso,  voltaria para assembleia.

Essas,  porém, são algumas analises preliminares dentro da conjuntura e do quadro nebuloso em que se apresentam as articulações para o próximo pleito, com vistas aos políticos locais. Evidentemente política é feito nuvens: tudo poderá  mudar ao sabor dos ventos……….

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