Por intermédio de um amigo, que goza de total credibilidade, recebi, ontem (20), pelo whats app, dois vídeos que bem refletem à crise ética e moral pelo qual o nosso País permanece submerso. Fatos, aparentemente curiosos e pontuais, reproduzem, de maneira emblemática, o hiato obtuso daquilo que o bom senso comum poderia chamar de uma sociedade razoavelmente organizada. Por aqui, o bandido de toda espécie tem o “direito” de não cumprir as leis, enquanto o cidadão que direto anda, vive tutelado por um Estado vigilante.
Pois bem, o nosso Rio de Janeiro, cantado em verso e prosa pelos poetas, nos tempos da boêmia romântica, quando foi retratado no cinema, há mais ou menos uma década, pelo filme Tropa de Elite escandalizou muita gente de boa fé. O tempo passou e aquilo que se pensava que era ficção materializou-se em “verdade-verdadeira” aos olhos de todos os brasileiros.
Em um dos vídeos – que reproduzo abaixo – um cidadão, diretamente da “Cidade Maravilhosa”, precisamente da Rua Uruguaiana, localizada no Centro do Rio, constata à venda de dinheiro falso em uma “banquinha” de camelô, como se fosse a coisa mais natural do mundo…
Já em um outro vídeo o fato absurdo, realçado por um importante telejornal, é à concessão dada a um preso, acusado de assaltar dois carros fortes e de haver trocado tiros com a polícia, de participar de um teste físico para assumir um cargo no serviço público. Pasmem!! Não é um cargo público qualquer. É para fazer parte da polícia militar do estado do Maranhão. Ou seja: na briga do bem contra o mal, do gato contra o rato, o rato, agora, quer virar gato!!
Na nossa cidade, por exemplo, dias atrás, presenciei, aqui no centro, o serviço do “Disk Droga” funcionando a todo vapor, ou seja: motoqueiros disfarçados de “mototaxistas” – com bata e tudo – operando na entrega do “produto” aos clientes.
Infelizmente o “crime organizado”, cada vez mais organizado, vem ganhando espaço num ESTADO cada vez mais debilitado e menos capaz de cumprir suas funções básicas. Ora!! Como podemos acreditar que as coisas tem condições de mudar se ainda não conseguimos sequer impedir que um aparelho celular chegue às mãos de bandidos dentro de um presídio?
Concluo, dizendo: não adianta nomear culpados ou apontar o dedo para quem quer que seja, afinal, todos esses bandidos que estão no poder, não chegaram lá por acaso, fomos nós, através do nosso voto “livre e soberano” que os entronamos, inclusive dando-lhes o intocável “FORO PRIVILEGIADO”. Infelizmente, sou obrigado a dizer: SOMOS AINDA UMA REPUBLIQUETA DAS MAIS FULEIRAS…..