Recentemente recebi na nossa redação o amigo e escritor vitoriense, Erivam Felix Vieira. Com formação na sociologia, parapsicologia e antropologia ele é desses camaradas que “dá gosto se conversar”. Calmo, sereno e bom ouvinte, Erivam enriquece o mundo, cada vez mais capitalista, sem precisar usar medidas financeiras – ouro, dólar ou qualquer commodity. Ele é rico, justamente nas coisas que não se pode comprar ou vender.
Com vários livros publicados na área da natureza humana, trouxe-me, obsequiosamente, um dos seus títulos. “CORONELISMO E CANGAÇO NO IMAGINÁRIO SOCIAL”. Nessa obra ele procurou esmiuçar os elementos que compõe o imaginário popular na construção das figuras míticas, no caso em tela, dos coronéis do Nordeste Brasileiro e do LAMPIÃO. (Virgulino Ferreira).
Com ilustrações, fotos e recortes dos jornais da época, ele nos faz uma leitura que vai além do policialesco, tão comum nas abordagens sobre o tema. Na literatura de cordel, uma das representações mais emblemáticas da nossa região, entre outras coisas, ele foi buscar a construção do imaginário popular para o tema, ainda permeado de muito mistério e controvérsia.
Em momento oportuno estaremos publicando recortes da sua obra:
Resumo:
“Neste artigo analiso a dimensão construtivo-interpretativa do fenômeno social denominado cangaço, partindo de uma perspectiva baseada na Sociologia do imaginário. Proponho a busca para a compreensão do imaginário e o cotidiano do Sertão nordestino, sugerindo não apenas relacionar o contexto histórico em que tais manifestações se inserem e situá-lo à nossa realidade, como gerar um ponto de análise sobre as diferentes percepções dos atores em relação a si mesmos e de uns em relação aos outros, onde o paradoxo e o excêntrico se fizeram presentes em importante acontecimento sociológico nacional”. Escreveu o Erivam.