Os mais recentes e variados pereceres jurídicos foram taxativos: “no Brasil a corrupção é sistêmica”. Nesse sentido, podemos dizer: desde o porteiro da repartição ao presidente do País a moeda corrente é o famoso “jeitinho brasileiro”. Os princípios que deveriam norteia as administrações públicas,  nos três poderes,  parece que só existem, de fato, no papel.

Para aliviar a consciência dos que ficam estarrecidos, com tal afirmativa, podemos dizer que não somos os criadores de nada, na verdade herdamos quase tudo dos nossos colonizadores e do sistema implantado por eles. O sentido real do inicio da nossa existência (Brasil), após o “descobrimento”, em boa medida, socorreu-se da possibilidade do lucro fácil e da exploração que gerou, mais adiante, à mistura continua do público com o privado.

Aliás, não seria nenhum exagero afirmar: aos poucos, os políticos brasileiros foram  sendo PRIVATIZADOS pelo poder econômico. Legislar para os interesses de alguns (ricos), via de regra, tornou-se a atividade fim da classe política, nas mais variadas  situações, sobretudo na chamada “Casa  do Povo”– Câmara de Vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Nacional.

Pois bem, no meu modesto entendimento, nesses três anos da Operação Lava Jato, onde hoje temos uma penca de políticos trancafiados, diretores de estatais devolvendo dinheiro ao erário, conselheiros de Tribunais de Contas no banco dos réus, empresários – ricos de verdade – vendo o sol nascer quadrado e até um ex-presidente da república, condenado por crime comum não deixa de ser, para nós, simples mortais, um alento e uma esperança que aquela pequenina luz, lá  no final do túnel,  não irá se apagar.

Queiram ou não queiram os pessimistas; aceitem ou não aceitem os eleitores ideológicos, participem ou não os indiferentes, mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza: NADA MAIS SERÁ COMO ANTES. Ventos novos sopram noutra direção… Avante Lava Jato!!!