No caderno de Política do Diário de Pernambuco, do último final de semana (10 e 11), nossa cidade, Vitória de Santo Antão, contabilizou mais um vexame. Desta feita, recebendo NOTA ZERO no quesito TRANSPARÊNCIA governamental. A avaliação e constatação de que a Lei aqui não é cumprida foi da 3ª edição da Escala Brasil da Transparente (EBT).
Por dever de justiça devemos dizer: “o levantamento foi realizado entre junho e dezembro de 2016”. Ou seja: sob a égide da gestão anterior. Mas, independente de qualquer coisa, na atual gestão municipal, comandada pelo prefeito Aglailson Junior, nos que diz respeitos às informações obrigatórias por Lei, a “escuridão” e a “opacidade” permanecem. Para tal constatação basta acessar a nova página oficial da prefeitura e verá que informações básicas continuam indisponíveis ao cidadão comum.
Entre os critérios avaliativos pesquisados estão a transparência passiva, o tempo de resposta, assim como à veracidade das mesmas. O curioso disso tudo é que a Lei, que obriga os órgãos públicos disponibilizarem todas as informações na internet, já existe desde 2012, ou seja: HÁ CINCO ANOS.
Não podemos imaginar que toda essa “legião de estrangeiros”, que compõe o secretariado da atual gestão, ganhando salário de R$ 10.000,00 por mês, comadados pelo prefeito, sejam “bobinhos” ao ponto de não saberem seus deveres e suas obrigações, na qualidade de gestores públicos.
Outra coisa que devemos destacar é que a “nova” gestão – há seis meses no comando da cidade – vem mantendo o mesmo ritmo administrativo do governo anterior, ou seja: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.
Não custa nada lembrar que dois terço do eleitorado local, no último pleito, hipotecou sufrágio pela descontinuidade da gestão anterior, cabendo, portanto, ao atual chefe do executivo uma espécie de autocrítica no rumo administrativo. Hoje, ainda há tempo e um pouco de “humor” aos eleitores. “Amanhã”, o tempo já evaporou e no que diz respeito ao humor, dar-se-á a mesma coisa.

Concluo essas linhas dizendo que nossa cidade, no tempo pretérito, sob o comando do prefeito José Aragão (1942 a 1944), além de outros bons exemplos administrativos, foi uma referência no quesito TRANSPARÊNCIA. Valendo salientar: sem leis ou quaisquer outras imposições, apenas regido pelo dever da consciência cívica e pelo respeito aos munícipes. Aliás, no seu tempo, internet nem na ficção existia.
Portanto, segue, abaixo, registros de jornal com publicações – mês a mês- das atividades financeiras da nossa prefeitura. Tudo isso há setenta anos. Apenas uma pergunta: ao longo do tempo, mesmo com incontáveis avanços tecnológicos, no quesito transparência, Vitória avançou ou ou andou para trás?



