Monte das Tabocas: UMA HISTÓRIA QUE AINDA PRECISA SER ENSINADA.

Por mais que escutemos falar, de maneira aleatória, da importância do nosso Monte das Tabocas, na composição do Estado Brasileiro e principalmente na faísca do sentimento nativista do nosso povo, não conseguiremos despertar nas pessoas, sobretudo nos antonenses, a real magnitude do significado do nosso Sítio Histórico.

O Monte das Tabocas é muito mais – e bota muito mais nisso – que um dia de feriado municipal, com direito a missa campal e visitação desordenada, que aos poucos vem sendo desidratada com o passar dos anos. Se há décadas, ainda residia na mente dos jovens algum tipo de aventura, na noite que antecedia as comemorações, hoje, chegar ao Monte das Tabocas, quer seja dia ou noite, durante o ano inteiro, tornou-se um ato arriscado, face ao total isolamento e perigo iminente de assalto e outras atrocidades.

Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, precisa acordar do sono profundo da indiferença, em relação ao Monte das Tabocas. Acho que o primeiro passo, na direção da efetivação nesse sentido, seria a criação de um Comitê Gestor, para solicitar da prefeitura um processo de comodato, cuja administração do referido sítio deixasse de ser – por um longo período –  vinculada ao poder público municipal. Aliás, já está mais que provado, publicamente, que os políticos, de maneira geral são os primeiros a ignorarem o contexto histórico do nosso Monte das Tabocas.

Se levarmos em consideração que os europeus chegaram por aqui – nas terras brasileiras –  há 517 anos,  e que Pernambuco foi uma das capitaneias mais prósperas, sob a direção de Duarte Coelho, a partir de 1535,  e que a nossa “Cidade do Braga” (primeiro nome da nossa Vitória) está próximo de completar 400 anos, logo verá que temos muita história – e para isso não é preciso saber da historiografia brasileira, basta  saber apenas de matemática.

Portanto, na qualidade de pessoa conhecedora do potencial histórico do nosso Monte das Tabocas, rogo a Santo Antão, que tanto atuou na épica Batalha ocorrida em 3 de agosto de 1645, conforme relatos,  que ilumine a cabeça dos atuais gestores para que os mesmos entendam que a nossa circunscrição territorial mais importante precisa ser tratado como uma joia rara e não como um lixo, tal qual fizeram, a esmagadora maioria dos prefeitos vitorienses.

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