Apesar dos pesares, em 2017, Vitória vivenciou um bom carnaval.


Acabamos de concluir mais um ciclo carnavalesco na nossa cidade, Vitória de Santo Antão. Foi mais uma edição do nosso secular carnaval. Aqui e acolá, repito a seguinte frase: ninguém é dono do carnaval da Vitória, todos irão passar e o carnaval continuará!!!

Para analisarmos e opinarmos sobre nossa festa maior – Carnaval da Vitória – com mais  equilíbrio e dimensão,  deveremos inseri-la em vários contextos. Nossa polis não é um ilha. O carnaval de Pernambuco,  em 2017,  sofreu um forte golpe com uma  onda de violência nunca vista, alardeada pelos que tinham interesse particular no fracasso do evento,  como um todo. Sem esquecer, da cruel crise financeira – que é real –  que afetou diretamente o povão,  em função do “Monstro” do desemprego.

Até parece que o carnaval é a “locomotiva da violência”.  Na verdade,  quem alimenta e produz assassinatos em série é o chamado tráfico de droga. Mas,  sobre esse assunto,  os governantes não querem se aprofundar. Buscar soluções na raiz dos problemas é mexer com as  “estruturas de poder”,  já montadas, e , se confrontar, definitivamente, não faz parte do “cardápio” de interesse dos políticos, de maneira geral.

Pois bem, apesar dos pesares e de todo clima de terror, tivemos um bom carnaval. Com exceção do evento trágico, ocorrido no final da tarde do sábado de Zé Pereira e de alguns arruaceiros,  na noite do mesmo dia, no Pátio da Matriz, nos quatro dias de folia a cidade respirou clima de carnaval.

Na qualidade de pessoa que acompanha carnaval há muito tempo posso afirmar, categoricamente, que nossa cidade, Vitória de Santo Antão, nunca se promoveu tantas prévias carnavalesca, chegando ao ponto, curiosamente, de faltar espaço público para serem realizadas, simultaneamente em um  mesmo bairro.

Em 2017, com a mudança na gestão municipal, inaugurou-se uma relação nova entre o secretário de cultura, turismo e esporte – Marcos Rocha – com as entidades representativas do carnaval local – ABTV e ACTV. Houve trocas de ideias, intercâmbios e entendimentos que promoveram ganhos para todos, não obstante o prefeito Aglailson Junior,  no quesito investimento aos  reais promotores da festa,  haver se nivelado, já no seu primeiro ano da gestão, ao ex-prefeito Elias Lira, quando o mesmo negou e suprimiu, pela primeira vez na história carnavalesca da cidade, o repasse financeiro, por parte da prefeitura,  às agremiações locais. Elias Lira inaugurou esse ciclo e o Aglailson Junior acompanhou sua  trágica ideia.


É bem verdade que o “crime” cometido pelo gestor anterior sempre será maior, em função de estar pilotando o governo continuamente há mais tempo, diferentemente do atual gestor que recebeu, há poucos meses,  a prefeitura, publicamente, deficitária. Mas, se realmente o novo prefeito quisesse fazer um gesto com os diretores das  agremiações, sobretudo com as que tem  orçamento mais apertado, e marcar um “gol de placa”,  deveria ele, chamar todos,  e parcelar a contribuição. Seria uma atitude que o aproximaria dos promotores do carnaval vitoriense.

Ninguém iria lhe censurar por isso, muito pelo contrário, ele iria “ganhar pontos”. Faltou-lhe, no meu modesto entendimento, boa vontade, visão administrativa e reconhecimento aos verdadeiros promotores do carnaval local. Faltou também, no seu governo,  alguém para orienta-lo, nessa questão. Se no ano que vem ele chegar com o “dobro” da ajuda, a referida medida será boa, mas já será encarada como um “ato político”, em função do calendário eleitoral e dos seus interesses particulares na disputa e questão.

De resto, devemos agradecer a Deus pela vida que segue, ao Glorioso Santo Antão pela proteção e partir, animadamente,  para a confecção do próximo carnaval (2018). Na medida do possível estaremos, até a próxima sexta (10),  postado nossas impressões sobre a recente edição do  carnaval vitoriense. Falaremos sobre a volta do percurso pelo Pátio da Matriz, o palco montado na Praça Duque de Caxias, o bagunçado mercado ambulante e o problema “insolúvel “ dos carros de mãos, ornamentação e demais pontos vinculados aos nosso tríduo momesco.

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