Monte das Tabocas: o outro lado da história.

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Na qualidade de curioso da história local e na “esteira” para tornar-me um historiador de ofício, ontem (29), mais uma vez, visitei, no bairro do Recife, A Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira das Américas. Desta vez em missão pedagógica coordenada pelo professor Marcelo Hermínio. Para os que desconhecem o termo Sinagoga ou Esnoga, os mesmos referem-se  ao  local de culto da religião judaica.

Muito bem, não entrarei aqui em detalhes do ponto de vista doutrinário da referida religião apenas,  levarei em conta o ponto de ligação deste importante museu para história  mundial com a épica batalha ocorrida no nosso Monte das Tabocas.

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Mesmo sem citar o nome da nossa cidade, muito menos do nosso importante sítio histórico – Monte das Tabocas – a data 1645, estampada em um dos painéis que compreende uma espécie de Linha do Tempo do museu, é uma referência direta ao dia 3 de agosto de 1645 – dia no qual vencemos a primeira batalha contra os holandeses, aqui no  Monte das Tabocas.

Pois bem, durante as três décadas de domínio holandês em Pernambuco, tal qual já ocorria na Holanda, os judeus gozaram da tolerância religiosa. A permissão de liberdade de culto contrariou frontalmente os interesses da igreja católica que comandava, à época, entre outras arbitrariedades, o temido Tribunal da Santa Inquisição.

Entre outras variantes a chamada Restauração Pernambucana – evento que nos enche de orgulho e nativismo – não deixa de haver sido, contudo, uma guerra no campo religioso. Não à toa narram os livros da nossa história:

“que  durante os fortes combates, surgiram uma senhora com uma criança no braço, tendo ao lado um ancião barbudo com um cajado e eles além de alento, forneciam armas aos nossos bravos soldados. De acordo com a crença popular, seriam, Nossa Senhora com o Menino Jesus e Santo Antão”.

Para encerrar,  apenas uma opinião: na nossa Vitória de Santo Antão, no que diz respeito aos fatos  históricos relevantes, aos olhos dos pernambucanos, brasileiros e toda comunidade mundial é solo fértil e riquíssimo. Infelizmente, falta-nos gestores capazes de entender que o investimento no turismo histórico é a mais inteligente das realizações, simplesmente por não ter “data de validade” e não se fazer  necessário a retroalimentação financeira. SIMPLES ASSIM…

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