Patrimônio Cultural do Brasil: o caboclinho em Vitória armava sua sede no Pátio da Matriz.

A partir da quinta-feira (24) da semana passada O Caboclinho pernambucano passou a ser considerado Patrimônio Cultural do Brasil. O primeiro registro do oficio desta arte nos remete ao ano de 1584, através do  livro “Tratado e Terra da Gente do Brasil” do Padre Fernão Cardim.

Em Pernambuco, de acordo com o Iphan, existem cerca de 70 grupos de Caboclinho. Os elementos que compõe o estilo faz referência direta aos primeiros habitantes (índios) do que veio a ser o Brasil. Na coreografia e nas danças, por exemplo, existem  o pedido de chuva e o preparo para guerra, assim como às comemorações festivas e religiosas.

Na nossa cidade, Vitória de Santo Antão, o Clube Carnavalesco Caboclinho surgiu em 1907. Curiosamente, na festa  do Rei Momo o grupo armava sua sede ou maloca, como  bem relatou o professor Aragão,  no Pátio da Matriz. Com estacas de madeira coberta com palhas de coqueiro os membros do grupo  utilizavam a mesma como  como uma espécie de apoio, enquanto peregrinavam pelas mais diversas casas,  dos carnavalescos mais bem posicionado financeiramente.

A Praça da Matriz e o Largo da  Praça Duque de Caxias (Antiga Lagoa do Barro) e mais adiante as praças centrais do bairro do Livramento sempre foram os principais locais de manifestações carnavalescas da Vitória de Santo Antão, como fica claro,  no exemplo do Clube de Caboclinho. Infelizmente a gestão do Governo de Todos, através da secretária de turismo, sob a coordenação do Paulo Roberto, passou oito anos conduzindo equivocadamente a festa mais popular da República da Cachaça ao, entre outros erros,  tentar desativa – a ferro e a fogo –  os mais tradicionais focos da folia antonense.

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