O dinheiro vivo que a máquina pública “produz”, tem feito a diferença nas campanhas eleitorais.

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Nas mais diversas rodas políticas, sobretudo quando tem algum parasita do poder – aquele que recebe salário ou vantagem sem trabalhar para a municipalidade – uma expressão é sempre evidenciada: “com a máquina na mão, não se perde eleição”.

Não podemos dizer que estar “pilotando” a máquina pública,  não tenha lá suas vantagens, principalmente com essas leis brasileiras que mais parece ter sido  produzidas sob medida, para facilitar o famoso “jeitinho” assim como, à “benevolência” das autoridades que deveriam punir,  em tempo hábil, os infratores recorrentes.

Pois bem, hoje (02) pela manhã assisti uma reportagem na TV falando da repercussão das informações obtidas, com a delação premiada, através dos diretores da Construtora Andrade Gutierrez, onde os mesmos afirmaram que simularam contrato com uma agência de publicidade que prestou serviços para a campanha (2010) da presidente Dilma, para poder repassar dinheiro de CAIXA DOIS, ou seja: O FAMOSO “POR FORA”.

Esta constatação fraudulenta, ocorrida na campanha da presidente Dilma em 2010, segundo os diretores da Construtora Andrade Gutierrez, na prática, é também o “modus operandi” de quem  está no comando dos governos estaduais e nas mais diversas prefeituras espalhadas por todas as regiões do Brasil.

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Os homens de “confiança” dos governantes (prefeito e governadores), na maioria dos casos, são operadores de esquema de corrupção, ou seja, são as “pontes” entre as empresas privadas e os benefícios que as “máquinas públicas” podem fornecer-lhes, isto é: todos se lambuzam com dinheiro roubado dos cofres públicos: sejam em contratos comerciais firmados com o erário, sejam em doações de terrenos ou até mesmo com funcionários prestando serviço em empresas privadas cujos salários são  pagos com dinheiro público.

Constantemente observamos rompimentos políticos e até pessoais, de prefeito que acabam de assumir o mandato com os que acabaram de deixar, e que usou sua liderança política e a máquina administrativa para lhe eleger, isso ocorre, justamente, porque o que acabou de  sair  quer continuar se beneficiando dos “esquemas montados” e o que entrou quer fazer valer sua nova posição para roubar tudo para ele,  e não mais dividir com o seu “criador”.

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Portanto, como já falei, estar “pilotando a máquina” em uma disputa eleitoral, tem lá suas vantagens. Mas, o grande diferencial, infelizmente, reside na possibilidade de meter a mão no dinheiro público, como também ser alimentado com dinheiro privado em troca de transações escandalosas “NA PRODUÇÃO DE DINHEIRO VIVO” para comprar todos. De eleitor a cabo eleitoral, de polícia aos órgãos fiscalizadores, de juiz a promotor e até calar a “boca” da imprensa.

Felizmente a Operação Lava-jato vem cumprindo bem sua função. Esperamos, em breve, que uma grande operação nacional seja deflagrada para se chegar também aos esquemas fraudulentos montados nos Estados e nas Prefeituras das capitais e do interior.

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