Dias atrás estive no Engarrafamento Pitú. Ao passar em um dos corredores do centro administrativo da empresa uma placa, fixada na parede há mais de trinta anos, mais uma vez, mim fez voltar no tempo e colocou-me em duas cenas distintas. A primeira, ocorrida há três décadas, cujo cenário foi a hora do jantar na minha casa, ao lado dos meus pais (Zito e Anita) e a segunda, ocorrida no corredor da própria fábrica, há pouco mais dez anos.
Não posso precisar exatamente a data do rotineiro encontro familiar, mas, com toda certeza, foi no mês de maio ou junho de 1984. Papai, pessoa próxima do Seu Joel Cândido Carneiro, depois de receber o convite para festa comemorativa dos seus oitenta anos, fez o seguinte comentário: “Seu Joel já tem tudo, vou lhe dá um presente diferente, uma coisa que ele ainda não tem e que será seu pra toda vida”.
Dito e feito. Juntamente com outros comerciantes da Capital – Estevam de Barros e Silva Antonio Vila Nova – que também gozavam da amizade do aniversariante, resolveram confeccionar uma placa em bronze: Joel Cândido Carneiro – Patrono da Pitú.
Com pouco mais de duas décadas da auspiciosa comemoração, papai, já próximo de completar os “mesmos 80 anos” de Seu Joel, por ocasião de nossa visita ao Engarrafamento PITÚ nos deparamos com a “sua” placa, neste mesmo corredor. Ele, silenciosamente, parou em frente à mesma, olhou-a atentamente por alguns segundos e disse: “olha a “minha” placa aí. Já se foi Seu Joel, Estevam de Barros e Vila e Nova……. Agora só falta eu”.
Portanto, é perfeitamente plausível imaginar que no reencontro de papai (Zito Mariano) com a referida placa, naquele dia, algum sentimento, vinculado à sua morte e ao seu fim tenha lhe passado pela cabeça. Portanto, inevitavelmente, toda vez que passo por esta mesma placa as lembranças chegam. Fatos simples e banais, mas que estão marcados na minha cabeça.
Onde o amigo leu Estevam Ferreira ?
Na placa tem Estevam de Barros e Silva.
Rsrs, valeu Pedoca….