Eleições 2016: A REGRA DO JOGO COMEÇA MUDAR.

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Os parlamentares brasileiros, juntamente com a grande mídia nacional, perderam o “bonde da história” no quesito: REFORMA POLÍTICA. Com a chamada “ABERTURA POLÍTICA GRADUAL,  O Presidente João Figueredo, ao assumir  em 1979, sancionou a Lei da Anistia e promoveu uma reforma política que restabeleceu o pluripartidarismo, retomando assim, o tão sonhado ambiente democrático no país.

Com as eleições diretas de 1989, primeira do período da redemocratização,  ocorridas diante de uma população politizada, face ao longo período de exceção, o povo brasileiro, sobretudo os mais jovens, jogou todas suas fichas nos partidos políticos. Passada algumas décadas e várias eleições gerais, chegamos à triste conclusão que as agremiações partidárias nacionais viraram organizações criminosas, infiltradas na máquina pública, que tem por objetivo, entre outros, SAQUEAR A NAÇÃO.

imagem_8_11620Com os movimentos populares ocorridos no ano de 2013, intitulado: “JORNADAS DE JUNHO”, o Brasil viveu um sonho fugaz. A negação da adesão dos partidos políticos nas manifestações, diga-se de passagem: de todas as correntes ideológicas  – se é que existe alguma ideologia nessa “sopa de letrinhas” –  revelou-se um claro atestado,  da esmagadora maioria da população brasileira,  que o povo  não se sente representado por esses ”senhores” que andam de paletó e gravata.

Como solução mágica, para todos os problemas do país, eis que surge à chamada “NOVA” REFORMA POLÍTICA. A Presidente da República, Dilma Rousseff, quando ainda tinha alguma coisa para dizer ao povo brasileiro, no ápice da crise, para acalmar as massas, se utilizou da rede nacional de televisão para propor um PLEBISCITO SOBRE REFORMA POLÍTICA. Veja o vídeo:

Dilma propõe plebiscito sobre reforma política

Pois bem, passado pouco mais de dois anos desse acontecimento, com relação à reforma política, antes alardeada como à solução “de todos os problemas brasileiros”, hoje, chegamos à conclusão que fomos enganados mais uma vez e que os problemas do Brasil, vivenciado na atualidade, estão mais lastreados na má condução política que, propriamente,  na situação macroeconômicas.

Como mudança, de fato, no processo eleitoral brasileiro, realizado pelo “capenga” Congresso Nacional, apenas regras insignificantes sem nenhum impacto consistente no pesado jogo eleitoral. Quanto à cassação do direito à reeleição, nos cargos executivos, efetivamente, essa dinâmica, só passará a valer,  plenamente a partir de 2020, caso, até lá, as regras  não  sejam modificadas,  mais uma vez.

bancoImagemSco_AP_182053No dia de ontem (17), o Supremo Tribunal Federal, Corte máxima da Nação, decidiu, por oito votos contra três, que empresas privadas não mais poderão “investir” em partidos políticos e, consequentemente, em campanhas eleitorais,  em favor do candidato “A”,  “B” e até “C”. Sob vários argumentos, nas suas justificativas, os Ministros que votaram pelo fim das contribuições, alegaram, entre outros motivos, tentar equilibrar o jogo eleitoral e cortar, pela raiz, mais um foco de corrupção que drena o dinheiro do contribuinte.

Talvez tenha sido por conta de medidas dessa magnitude que a regra para o prazo de filiação, tenha sofrido alteração, ou seja: no modelo anterior,  o candidato teria que está filiado no partido de sua preferência dose meses antes do pleito, hoje, com as novas regras,  bastam  180 dias.

2014-773376129-2014120403758.jpg_20141204Sendo assim, como um observador e curioso da cena política nacional, estadual e local, acho que a Operação Lava-Jato, conduzida pelo Juiz Sergio Moro, onde trancafiou medalhões do PIB nacional e político de alta plumagem, começa  promover mudanças, efetivas, nas regras do jogo político brasileiro, independente da vontade dos nossos parlamentares de “meia tigela”.

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