“Tudo como dantes no quartel de Abrantes”

napoSempre que tive oportunidade de realçar as semelhanças administrativas nas gestões municipais comandadas por Elias Lira e o folclórico José Aglailson, o fiz, sempre exemplificando. Não são meras frases de efeitos, muito menos, questões pontuais são, de fato, modelos administrativos que aprisiona o desenvolvimento da cidade, sobretudo, a forma com que os  munícipes se relacionam  com o quesito CIDADANIA.

Estes sujeitos, seus filhos e apaniguados, se socorrem dos ensinamentos da famosa “cartilha do atraso” para usufruírem-se do direito outorgado – de boa fé –  pela  maioria da população. Eles “combinam” sem precisar conversar.

Ora!! Se no governo do outro a “galera meteu a mão” nos terrenos públicos e no deu em nada, agora, chegou a nossa vez de fazer a mesma coisa, outra coisa, dizem: Eles não podem reclamar porque eles também fizeram a mesma coisa. Assim sendo, em uma simplória analise, quem perde é a cidade. A cidade perdendo, perdemos todos nós, menos eles, os “sabidos”, que já se apossaram  de suas partes da maneira menos republicana possível.

Foto: Jornal ElPais

Foto: Jornal ElPais

Pois bem, isso também acontece, praticamente, em todos os segmentos que compõe a administração pública local. Quer seja no loteamento dos cargos públicos em troca de votos ou até mesmo na questão do “ordenamento urbano” com “concessões” à pequenos comerciantes. Na prestação de um serviço direcionado a população à simples emissão de um documento. O problema é sistêmico.

Entrando agora na questão do ordenamento do trânsito a gestão do Governo de Todos aparelhou este segmento, com a criação da AGTRAN, basicamente, para ser apenas “mais uma fonte” de receita municipal. Sabidamente, para não chamar a atenção, deve   canalizar sua receita para outra rubrica.

Poderia perguntar ao internauta, então, o seguinte: de maneira consistente e estrutural o que foi que mudou para melhor na mobilidade urbana da nossa cidade? O sistema de transporte coletivo melhorou? Será que o serviço de mototaxi está mais organizado? Quantas ruas foram arrumadas para receber novas demandas de fluxos de veículos? Qual foi o trabalho realizado nas calçadas para que as pessoas possam se deslocar caminhando com segurança? Já com relação ao sistema de arrecadação,  não podemos dizer a mesma coisa…

O sistema de transporte alternativo da nossa cidade,  que recebe diariamente kombis, bestas e vans, oriundas das cidades circunvizinhas,  continuam “ditando as regras” no município, e a AGTRAN, apenas observa, ou será que o que estou dizendo é algo estranho aos que  vivem e moram em Vitória?

Apenas para exemplificar o que digo, basta qualquer um de nós,  passar pela Avenida Mariana Amália, na parte da manhã ou da tarde, para observar um ponto de transporte alternativo sendo realizado “em baixo” de uma placa de proibido estacionar, que aliás, esta a “meio pau” e virada para o lado contrário (tudo errado).

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Uma coisa curiosa neste fato é que, segundo informações, quem toma conta deste setor na prefeitura é a  mesma pessoa que o coordenava no tempo do Governo Que Faz, ou seja, Celso Bezerra, que aliás, era uma pessoa extramente ligada ao Romero, um dos filhos de José Aglailson. Celso, naquele tempo, circulava aos sábados com uma prancheta pela Rua Melo Verçosa para conferir as coisas. Naquele tempo, assim como hoje, a bagunça é  a mesma, ou seja, quem continua “dando as cartas” são os motoristas e donos de carros que fazem o chamado transporte alternativo, portanto, mesmo depois de sete anos consecutivos da gestão do Governo de Todos,  não é nenhum absurdo dizer: “Tudo como dantes no quartel de Abrantes”.

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