Nos primeiros carnavais “pilotado” pela gestão do Governo de Todos – a partir de 2009 – Elias+Paulo inventaram um tal de “Baile Municipal Popular”. Aqui pelo blog, disse várias vezes que aquele modelo de festa, que mais se assemelhava a um COMÍCIO não tinha futuro. Depois de várias tentativas frustradas, inclusive em lugares diferentes, o tal “baile” foi retirado da programação oficial do carnaval vitoriense.
Este ano (2015) “Elias+Paulo” até que tentaram ressuscitar o tal “Baile Municipal Popular”. A data e o local foram marcados, a propaganda foi para ruas e depois a prefeitura cancelou o evento alegando um motivo que não se materializou na prática.
O tão propagado “Encontro dos Bichos”, anteriormente anunciado pelo Secretário Paulo Roberto em rede de televisão como a grande apoteose do carnaval vitoriense, este ano, não passou de um evento despercebido pela maioria dos foliões. Veja o vídeo:
O Camarote da Acessibilidade este ano, armado na Praça Duque de Caxias, nas noites do sábado (14), domingo (15) e da segunda (16) estavam totalmente apagados. Faço a seguinte pergunta: será que o camarote aqui em Vitória só foi programado para funcionar durante o dia ?
Aliás, “matar” o foco de folia da Praça Duque de Caxias, conhecida na cidade como o tradicional “Quartel General do Frevo”, tem sido uma das metas da “gestão carnavalesca” de “Elias+Paulo”, desde do tempo, que “inventaram” que o carnaval da Vitória deveria ter como centro das atenções um palco apresentando atrações que muitas das vezes não tem nada haver com as nossas tradições.
Por falar em palco, mais uma vez, todo aquele investimento concentrado no Final da Avenida, foi dinheiro Jogado fora. “Elias+Paulo”, este ano, isolou metade do espaço para poder passar a ilusão de muita gente, no entanto, mesmo assim, o Pátio de Evento Otoni Rodrigues, em se tratando de carnaval foi mais um FIASCO.
Na noite do domingo (15) de carnaval estive por lá. A festa estava fraca. Sob o ponto de vista de estrutura, entre outras coisas, observamos que os fios que estavam levando energia para as barracas estavam pelo chão e não pelo alto, como deveria ser.
Apenas a título de informação, tomei conhecimento do valor que algumas bandas receberam para vir se apresentar na nossa cidade. Banda “Sem Compromisso” R$ 75 mil. “Banda Revelação” recebeu 125 mil. Como se vê, o problema não é à falta de dinheiro, é a maneira pelo qual o dinheiro é aplicado, ou seja, se pegasse o dinheiro que o Governo do Estado gastou na cidade, juntasse com o que a Prefeitura aplicou na estrutura do Pátio de Evento, e INVESTISSE em ornamentação, nas troças, nos clubes, nas alegorias e nos blocos teríamos, sem sombre de duvidas, UM CARNAVAL ESTRONDOSO?
Este ano, registramos mais uma vez, uma orquestra de frevo circulando a Praça da Matriz sem que não houvesse apenas um folião acompanhando. Quando “Elias+Paulo” investe dinheiro neste formato de carnaval, onde bota pra tocar uma orquestra sem estandarte e identificação, “passa o recibo” de que não tem o menor conhecimento histórico do nosso secular carnaval, pois o carnaval da Vitória foi forjado, desde o final do século 19, mais precisamente em 1880, nas disputas carnavalescas e os foliões, porém, são identificados com os clubes, quer sejam pelo nome, pela localidade, por tradição familiar e etc. Veja o vídeo:
Sendo assim, encerro este artigo alertando os senhores que se acham “donos do carnaval secular da Vitória” que precisamos entender que este MODELO DE FESTA IMPOSTO PELA PREFEITURA está desidratando o nosso carnaval. A história diz que o carnaval da Vitória sempre sobreviveu dos movimentos organizados pelas agremiações carnavalescas, sejam elas troças, clubes, maracatus, blocos e etc. Quando a prefeitura da Vitória, diga-se, “Elias+Paulo” investem em palcos e em um modelo de festa alienígena ao nosso carnaval, eles demonstram ter interesse em outras coisas, não na manutenção do nosso maior PATRIMÔNIO IMATERIAL CHAMADO DE CARNAVAL SECULAR DA VITÓRIA.