“Relatório” final das eleições 2014.

Concluindo as matérias sobre os candidatos “da terra” e  suas respectivas votações, tanto no Estado quanto na nossa cidade, Vitória de Santo Antão, onde procurei, de maneira serena, elencar alguns números, curiosidades, fatos  e até algumas “coincidências”,  hoje,  farei um apanhado geral para fechar com este tema.

Falar de eleição e seus respectivos resultados eleitorais, envolvendo candidatos e apoiadores  locais, é  sempre “mexer em vespeiro”. Campanha política, via de regra, deixa os nervos das pessoas à “flor da pele”. O jogo da política, como em qualquer jogo que se preze, tem suas trapaças, suas desilusões, acertos, surpresas e decepções, é normal, faz parte do “espetáculo”.

O importante deste jogo é que ninguém perde de tudo, ou seja: quando se perde no campo eleitoral e político, ganhasse no campo das experiências pessoais. O importante é está sempre atento para aprender mais um pouco, até porque, conhecimento nunca é demais.

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Pois bem, começarei esta despretensiosa “leitura” eleitoral pelos candidatos a deputado federal “da terra”, Ternurinha e Wilson da Prestação. Em virtude da falta de recurso financeiro suas candidaturas não chegaram ao conhecimento do grande público na cidade. Tanto um quanto o outro, se tivessem tido a oportunidade de   ter montado palanques e falar para as pessoas, com certeza teriam avançado muito mais. Fica então, o caminho aberto para disputarem uma cadeira na vereança na próxima eleição.

Foto: Blog A Voz da Vitória

Foto: Blog A Voz da Vitória

Além das três candidaturas profissionais que concorreram ao cargo de deputado estadual – Joaquim, Aglailson e Henrique – duas outras também demarcaram seus espaços políticos na cidade. O jovem representante do Partido Verde, Carlos Alberto, mais uma vez se apresentou ao eleitorado vitoriense com boas ideias e conceitos oriundos do seu partido (PV), mas, sem estrutura não avançou.

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O movimento intitulado: APOSENTE UM VEREADOR VITORIENSE, também marcou presença nesta eleição. Sem sombra de dúvidas, podemos afirmar que da eleição de 2012 para cá -2014-  o movimento triplicou  de tamanho,  em votos,  e se multiplicou em conceito se firmando com marca própria na cidade. Sem padrinhos, sem dinheiro e embalado pelo propósito de um mandato colaborativo e compartilhado, o jovem André Carvalho, como candidato do grupo a deputado estadual,  se apresentou muito bem e conseguiu, dentro das suas condições, uma boa votação, tanto aqui – 1392 – quanto fora – 694 – da cidade,  perfazendo  então, uma votação total de 2086 votos. André foi o 5º candidato  mais votado do seu partido e sua votação foi determinante para eleger o primeiro deputado estadual  do PSOL em nosso estado.

O chamado “voto evangélico”, que avançou em todo estado de Pernambuco, também logrou êxito na nossa cidade. Se observamos bem, o voto “pescado” por aqui, dentro das igrejas e comunidades evangélicas, cresceu tanto nominalmente aos candidatos que já haviam sido apresentados em outras eleições como no somatório geral.

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Podemos assinalar como uma votação expressiva, já que fez uma campanha silenciosa, a votação repassada pelo empresário, Zé da Juliana, ao seu candidato a deputado federal, Belarmino Souza  do nanico partido PHS. Os 1.196 votos articulado em nossa cidade por Zé da Juliana, lhe garante um espaço diferenciado no xadrez político local.

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Foto: Portal da Câmara de Vitória

Já com relação à votação repassada pelos vereadores, Edmo Neves e Edinho ao deputado Federal, Jorge Corte Real em nossa cidade -1698 -, ficou bem aquém das expectativas, isso porque, uma estrutura consistente foi montada para que o trabalho fosse realizado exitosamente, o que convenhamos, não se reverteu em voto. No entanto, o presidente da Câmara, Edmo Neves, não perdeu de tudo nesta empreitada, como saldo, acredito, ganhou uma certa “moral” ao tomar a iniciativa de apoiar um candidato ao Poder Legislativo Federal diferente do seu padrinho político, Elias Lira.

Curiosamente o mais vitorioso nesta eleição não disputou o pleito como candidato. Assinalemos, então, o empresário e presidente do PMDB  local, Alexandre Ferrer como o que mais venceu nas eleições de 2014 em Vitória .

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Depois  de repassar votações tímidas aos seus candidatos na eleição passada (2010) – Gustavo Negromonte e Raul Henry – deputado estadual e federal respectivamente –  este ano, Alexandre “calibrou na pontaria” e avançou para se apresentar  como candidato bem posicionado, à prefeitura em 2016.

Alem de  “ter feito” o Vice-Governador, Raul Henry, o seu candidato a deputado federal, Jarbas Vasconcelos, saiu das urnas, em todo Pernambuco, com uma votação REPARADORA. Aqui em nosso município, Alexandre Ferrer mostrou liderança e faro político. Investiu pesado na campanha montando uma boa estrutura e ampliou o seu raio de atuação política, demonstrando assim, capacidade de aglutinação. Como resultado de tudo isso, colheu a vitória  do  seu candidato a deputado federal, Jarbas Vasconcelos, com   quase 20% dos votos válidos da cidade, batendo inclusive, André de Paula, que foi o candidato oficial do prefeito Elias Lira.

Colocado a papel de figurante nestas eleições, o vereador, Edvaldo Bione, para os mais atentos, foi o grande perdedor deste pleito. Depois de disputar mandatos de vereador, prefeito, vice-prefeito, deputado federal e deputado estadual, resolveu, nesta eleição,  apoiar o filho do prefeito Elias Lira.

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Como já falei, depois de disputar várias eleições sem estrutura, Edvaldo foi “convencido” por Elias a não entrar na disputa deste ano. Nas vezes  em que disputou,  sempre alcançou boas votações em Vitória, principalmente para deputado estadual. Mesmo sem contar com apoios políticos de peso nas cidade circunvizinhas, sempre garimpou votos na região. Em uma ocasião, inclusive,  chegou a alcançar mais de 0,40% dos válidos no estado.

Pois bem, nesta eleição (2014), o partido em que Bione está filiado, PROS, compôs uma coligação que elegeu cinco deputados estaduais, um deles, inclusive, com pouco mais de 0,40% dos votos válidos no estado, ou seja, percentual similar ao que Bione já havia  conseguido  em outros pleitos em condições totalmente adversas, ou seja, bem diferente da que ele se encontra hoje.

Imagino, portanto, que na atual  condição  politica e estrutural  que se encontra o vereador Edvaldo Bione, esta foi,  a maior oportunidade política perdida por ele. Caso Bione chegasse para assumir seu mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa a partir de 2015, todo cenário político para eleição de prefeito em 2016 em Vitória  estaria, evidentemente,  “embaralhado”. Sendo assim, creio que o maior perdedor desta eleição, mesmo sem ter  disputado  cargo algum, foi o médico Edvaldo Bione.

Portanto, na minha modesta opinião, estes foram os registros atinentes às últimas eleições ocorridas em nossa cidade. Em momento algum, quero me colocar como uma “espécie de Juiz eleitoral”  ficando assim à cima dos fatos. Digo também, que as minhas verdades, nestes casos, não se configuram em verdades absolutas, podendo, inclusive  ocorrer,  por outras pessoas  “leituras diferentes”

Isto posto, como disse no inicio do texto, resultados políticos, quando colocados de maneira pública, aos olhos de todos, quase sempre geram polêmicas. Para encerrar, gostaria penas de acrescentar que quando os resultados são bons, muitos pais aparecem, no entanto, quando  o  naufrágio acontece, este sim, quase sempre fica órfão.

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