Aglailson Júnior, na “PLANÍCIE”, mostrou que também tem voto para se eleger.

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Foto: Alepe

Assim como aconteceu com Joaquim e Henrique, nas suas  primeiras disputas para deputado estadual, o deputado Aglailson Junior, também teve, sua primeira candidatura para ALEPE  gestada na “engrenagem” da máquina pública local.

Quando o então deputado estadual, José Aglailson, disputou e ganhou a prefeitura da Vitória no ano de 2000, o seu filho, o então vereador Aglailson Júnior, foi ungido ao “trono” de  herdeiro absoluto da cadeira do pai no parlamento pernambucano.

Sentado na cadeira de prefeito, José Aglailson usou a máquina pública municipal, escancaradamente, em favor da candidatura do filho em 2002, assim como fez o prefeito Elias Lira este ano (2014) para eleger Joaquim. Naquela época os “vermelhinhos”, que eram em número bem superior aos de hoje, batiam no peito e diziam a todos pulmões:  “é caiga toda, é lavanca no canto prá eleger o gordo”.

Naquela aquela ocasião -2002- disputaram a eleição para deputado estadual, como candidatos “da terra”,  quatro postulantes: Elias Lira, Edvado Bione, Henrique Queiroz e o próprio Aglailson Junior, este ultimo, conseguiu  se eleger obtendo 22,3 % dos votos válidos da nossa cidade.

FOTO: JORNAL DA VITÓRIA - ANO XXV - Nº 159 - ABRIL 2006

FOTO: JORNAL DA VITÓRIA – ANO XXV – Nº 159 – ABRIL 2006

O curioso é que  o Aglailson Junior, “produto do pai”, naquela ocasião, obteve em Vitória uma votação bem superior – numérica e proporcional- ao seu pai, José Aglailson, quando o mesmo foi candidato ao mesmo cargo, na eleição imediatamente anterior  – 1998- obtendo aqui no município apenas 12,22%, ou seja, 6.558 sufrágios, números bem abaixo dos  12.300 obtidos  por seu filho na eleição imediatamente seguinte – 2002.

Como podemos observar, aqui em nossa cidade os filhos “são melhores que os pais”, pois o mesmo fenômeno ocorreu este ano com a candidatura do estreante Joaquim Lira, quando o mesmo também superou a votação do pai, tanto em números proporcionais quanto absolutos.

Foto: Blog A Voz da Vitória

Foto: Blog A Voz da Vitória

O curioso deste “FENÔMENO” eleitoral, ocorrido nas terras de Mariana Amália, onde as “criaturas” conseguem obter mais votos que os “criadores”, é que existe, na minha avaliação, uma DETERMINANTE COINCIDÊNCIA nos dois exemplos citados. Nos dois casos, EM TEMPOS DIFERENTES, onde os filhos tiveram mais votos que os pais, podemos assinalar que eram justamente  os pais  que estavam SENTADOS NA CADEIRA DE PREFEITO DA VITÓRIA. Curioso né……. !!!

Pois bem, curiosidades a parte, o quer fato é que o deputado Aglailson Junior conquistou seu 4º mandato na ALEPE. Esta foi, sem sombra de dúvidas, a eleição mais difícil dele, isso porque,  foi  a primeira vez que  Aglailson Junior disputou uma eleição na PLANÍCIE, ou seja, sem nenhum espaço de poder, nem prefeitura, nem presidência da Câmara, sua votação este ano diminuiu,  tanto no Estado quanto em nossa cidade. Junior, nesta eleição,  obteve aqui  no município 12.500 e votos, cerca de 17,81% dos votos validos, ou seja, bem abaixo de seu histórico.

Alem de toda estas dificuldades,  Aglailson Junior ainda teve que contornar as trapalhadas do pai. Primeiro quando declarou o seu apoio ao primo e também deputado Henrique Queiroz . Depois, quando declarou apoio ao candidato adversário para o governo do estado, recuando em seguida, protagonizando assim, cenas de filme pastelão.

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Além de tudo isso, teve que enfrentar a debandada dos seus “AMIGOS DE FÉ”. O curioso é que muitos dos que lhe abandonaram, na sua hora mais difícil, disse-me que o fez, porque  ele era um cara chato, ignorante e desatencioso. O intrigante, é que este  mesmo pessoal,  no tempo (2001 a 2008) em que ele estava junto com seu pai, com “o “chicote na mão” diziam, em alto e bom som, justamente o contrário, ou seja, que ele (Aglailson Junior) era um “cara ARRETADO, POSITIVO, PAGADOR, BEM DIFERENTE DO PAI”, inclusive até o “cara mais bonito e simpático da cidade”… Coisas da política…

Portanto, na minha modesta opinião, o deputado Aglailson Junior, depois desta eleição, definitivamente sai da sombra do pai e passa a ser, de fato, o condutor do grupo dos Querálvares.

Com suas atitudes, nesta campanha eleitoral, mostrou que também sabe jogar na adversidade, que tem raça e que ao invés de ficar choramingando as  traições  foi para luta. Muitas vezes esteve sozinho na frente do antigo Posto Sitonho, colando adesivo, eu, inclusive, tive a oportunidade de testemunhar “com meus próprios olhos”. Portanto, ele pode bater no peito e dizer que conquistou seu quarto mandato de deputado estadual sem ajuda de nenhuma figura “IMPORTANTE”.

Sendo assim, o deputado Aglailson Junior sai do casulo e passa a ter vida própria na politica. Já com relação à sua atuação na Alepe, não espero muita coisa. É um parlamentar limitado nas ideias e pequenos nas atividades parlamentares. Deverá ter uma atuação “invisível” no parlamento pernambucano, assim como nas outras legislaturas.

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