Em Vitória, qual festa é mais tradicional: Carnaval ou São João?

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Este ano a “rotina” dos festejos juninos foi alterada. A Copa do Mundo, principalmente por estar sendo realizada aqui no Brasil, dividiu a atenção do povo nordestino. As cores coloridas, sempre predominantes nos adereços típicos da festa, foram trocadas pelas verde e amarela.

Foto: Gazetapress

Foto: Gazetapress

Em nossa cidade, Vitória de Santo Antão, que também sofreu alteração face a COPA DA FIFA, foi implantada este ano, pela gestão do Governo de Todos que está há seis anos consecutivos no poder, uma nova dinâmica, ou seja, MUDOU DE CONCEITO E OPINIÃO.

Estivemos no final da Avenida participando das festividades apenas na sexta (27), no dia em que a atração principal foi o POP STAR MICHEL TELÓ. Por volta das 23h o público era pequeno.

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Segundo informações das mais diversas fontes no dia em que se apresentou, AVIÕES DO FORRÓ, o público compareceu e lotou o espaço. Na nossa cidade e na região as pessoas gostam de evento de rua e principalmente quando a atração é uma banda de forró.

Muito bem, antes mesmo dos festejos juninos 2014 começarem, nas mesas dos bares, praças e principalmente nas redes sociais, uma polêmica foi aberta atinente ao alto investimento realizado pelos cofres da prefeitura com as atrações musicais. Falava-se em mais de meio milhão de reais com apenas três conjuntos musicais.

Na nossa circulada no Pátio do Forró, notamos, em uma pequena vistoria, que mesmo a prefeitura “derramando”  dinheiro, os vendedores ambulantes não foram adequadamente alocados, pois, não podemos conceber em grandes aglomerações, caixas de isopor em cima de mesas e de carro de mão, espelhados pelo local. Este fato, aliás, se configura em amadorismo estrutural.

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Outro dia ao chegarmos na Praça da Matriz, mais precisamente no Quiosque de Ailtom, encontramos uma discussão sobre o alto custo das festas juninas 2014 (anos eleitoral): alguns, diziam que a prefeitura estava gastando demais com a festa quando na cidade existiam ruas esburacadas e com esgoto escorrendo a céu aberto. Já outros, falavam que quando o São João não tem atração o pessoal fica reclamando que tem de sair da cidade para ver as bandas nos outros municípios. De maneira rápida fomos “intimados para depor” sobre a referida polêmica.

Ao “tomar” a palavra dissemos que os dois grupos estavam certos em discutir o assunto, até porque, tudo que envolve o dinheiro público nos diz respeito, mas, que o foco da questão estava distorcido. Para justificar o nosso posicionamento, fizemos algumas indagações pedindo para que  o pessoal acompanhasse o nosso raciocínio sobre o assunto.

Narramos para aquele pessoal que os investimentos estavam no caminho certo, desde que o conceito da festa fosse para juntar grandes públicos, sobretudo a juventude. Mas se o conceito da festa fosse outro, ou seja, valorizar a cultura pernambucana e o autêntico festejo junino de raiz, aquele dinheiro todo estava sendo jogado fora.

Projeto São João (71)

Foto: A Voz da Vitória/Divulgação

Levantamos também sobre qual legado junino a gestão do Governo de Todos – após os oito anos consecutivo  no poder – vai querer deixa para a cidade?

Dissemos também, que à falta de planejamento é o maior problema, pois em seis anos seguidos dos festejos juninos em nossa cidade, o palco da festa foi armado em seis lugares diferentes, dando assim, uma clara demonstração de falta de profissionalismo e planejamento. Pois bem, depois de algumas explicações relembramos alguns fatos e declarações dos condutores do Governo, lá no primeiro São João da gestão em 2009, que por sinal, são os mesmos que estão na condução da atual festa junina.

bbs1Disse o Secretário de Cultura, Turismo e Esporte, Paulo Roberto no primeiro são João da gestão do Governo de Todos  a  seguinte frase: “Serão mais de 500 horas de forró tradicional valorizando os nossos artistas e fazendo um São João autêntico…”,

O titulo da festa, curiosamente, naquela ocasião, evidenciava o que existe de mais tradicional: “Vitória do Pé de Serra”. O Paulo, juntamente com Elias, faziam questão de realçar  que o São João da Vitória, doravante, iria resgatar o forró de Luis Gonzaga, ou seja,   o ritmo que iria reinar era o autêntico Pé de Serra.

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Pois bem, no bojo das nossas explicações, relacionadas àquela polêmica, fizemos questão de dizer que o problema, não reside em gasta com bandas grandes ou pequenas, o problema, entendemos, está justamente nas mudanças (repentinamente) dos conceitos, pois no início da gestão tudo era diferente do que aconteceu este ano (2014).

Aí perguntamos: será que Paulo Roberto tem um conceito tão volátil assim, tão fugaz, que em apenas cinco ano tudo muda, tudo vira de ponta a cabeça? Ou será que tudo isto está acontecendo por conta calendário eleitoral?

Lembramos também, para ratificar a lógica dos nossos argumentos, que nas festas do Padroeiro de nossa cidade, do Glorioso Santo Antão, também aconteceu a mesma coisa, ou seja: no ano de 2011, não ocorreu festa com bandas famosas, patrocinadas pela prefeitura, já em 2012 – ano de eleição – os “fiéis” tiveram a oportunidade de remexer o esqueleto com a banda Saia Rodada lá na Duque de Caxias. Em 2013 o santo não mereceu  a menor atenção por parte do prefeito. Já em 2014 – ano de eleição – o prefeito trouxe logo duas bandas para o Final da Avenida e ainda, de quebra, “deu carga” na procissão doando os porta-vela usados no cortejo, com o nome do seu filho (aquele que dizia que detestava política e que por ele o pai já tinha saído deste negócio). São exemplos como estes que colocam em “xeque” a seriedade dos nossos gestores.

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Outra coisa, qual festa é mais tradicional para a cidade da Vitória de Santo Antão: Carnaval ou São João?

Se você respondeu carnaval, lhe fazemos, em ato continuo, outra pergunta: e por que é, então, que a prefeitura tem mais dinheiro para pagar com um conjunto musical que só vai tocar apenas duas horas, do que a soma de todo dinheiro repassado para os clubes, troças, blocos, maracatus e bois da cidade, que animam os vitorienses e turistas, da semana pré carnavalesca à quarta-feira de cinzas?

Outra coisa curiosa é que no TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – produzido, agora há pouco no carnaval, consta no artigo 1º da Cláusula Quarta, o seguinte conteúdo:

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Ora, gostaríamos então de perguntar às autoridades o que foi que aconteceu de tão EXTRAORDINÁRIO COM A SEGURANÇA NA CIDADE DA VITÓRIA, que não se seguiu a mesma orientação para os festejos juninos?

Segundo informações, até porque, como já dissemos, só estivemos lá uma noite apenas,   algumas bandas experimentaram, junto com o público, nas suas apresentações, DO CALOR dos primeiros raios solares na Terra de Marina Amália.

Pois bem, depois de tantos questionamentos, o pessoal deixou de discutir à questão pontual do São João 2014 e começou a entender que as discussões na cidade precisam ser mais ampliadas e conceituadas, ou seja, esses sujeitos, nossos gestores, que a todo momento, pensam que somos babacas, otários e idiotas e que os sabidos só são eles, vez por outra, são obrigados a ficarem calados, simplesmente, por não terem o mínimo poder de argumentação.

Para concluir nossa participação na referida polêmica, falamos que entre os festejos juninos, realizados pela gestão do Governo de Todos, lá em 2009 e o de agora, em 2014, existiu apenas, no nosso entendimento, uma coincidência: ambos fizeram uma singela e merecida homenagem ao Mestre da Sanfona, Duda da Passira.

Da Redação.

3 pensou em “Em Vitória, qual festa é mais tradicional: Carnaval ou São João?

  1. ESTE BABACA DE MICHEL TELÓ(SULISTA/RS) NÃO TEM NADA HAVER COM NOSSAS TRADIÇÕES.

    E ESTA PORCARIA, BAGULHO DE AVIÕES DO FORRÓ, INVERSÃO DE VALORES DO NOSSO GENUÍNO PÉ DE SERRA PERNAMBUCANO.

  2. PÃO – mão de milho E CIRCO -o que está na mídia ao nível de uma plateia, maioria, desinformada, semi-analfabeta e de visão turva.

    EIS A COMPETÊNCIA ADULTERINA E MISSÃO DESTA SECRETARIA DE CULTURA.

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