Festa rubro negra.

Não escondo dos amigos e camaradas que torço pelo tricolor do Arruda. Minha preferência não me impediu de ir à Matriz ver e confraternizar-me com os diletos amigos partidários do Leão. Afinal, gostei da festa rubro negra. Paz, respeito e muita alegria. Fica provado mais uma vez que o vitoriense é pacato e que a alegria e a paz podem andar juntas.

Mas houve um espanto na praça da Matriz. Os filósofos, os sociólogos, psicólogos e cientistas políticos da mesinha da tenda da Cleide/Wellington analisavam circunspectamente, por que o desfile dos rubros negros com trio elétrico e toda parafernália que tinham direito passou diante do Hospital da Melo Verçosa? Com certeza desfilaram sob a égide e a autorização das autoridades. Aí vem o espanto. Não foi proibido desfile próximo aquele nosocômio durante as festividades momescas?

Realmente foi um espanto. Pilako, um dos cientistas presente à mesa, ria de se esbaldar. Pilako vivi de antenas ligadas em busca de meter o cacete. Mais um mote para ele. Está certo ele. Esta é a função da imprensa. Recentemente ele me fez severas críticas ao Instituto Histórico e não é que o diabinho estava correto? Vamos corrigir as falhas, prometo, Pilako. Voltemos ao espanto da praça. João do Livramento, grande historiador e fantástico psicólogo rotulou o espanto com o adjetivo “incognoscível”. Embananou tudo. Ninguém sabia, com certeza nem ele, que troço era incognoscível. Nesse instante Cleide aproximou-se e largou: bando de mobrais, analfabetos. Incognoscível poderia ser, como afirma Machado de Assis “algo definitivamente fora do alcance do homem”. Necessário se faz conhecimentos de metafísica, justamente o que vocês não manjam. “As deliberações humanas não são o mesmo que a origem das cousas”, continua o grande mestre Machado.

Finalmente ninguém entendeu por que o desfile passou na frente do hospital. Mesmo depois de muita elucubração, a indefinição permaneceu. Foi quando Tadeu da Varanda e Ferreirinha apresentaram uma sugestiva tese: a promotora e o Paulo Roberto devem ser rubro negros. Palmas e congratulações para eles e demais torcedores do Leão da Ilha.

Pedro Ferrer

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