Elias Lira: mais tranquilo com a questão das enchentes.

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Vou começar estas linhas falando de um trecho musical. Para fazê-lo da maneira mais “ecológica” possível, devo, por questão de justiça e educação, pedir licença ao amigo e colunista do nosso blog – Curiosidades Musicais – Léo doa Monges. Vale sublinhar que na minha opinião,  Léo se configura como   um  dos vitorienses que mais entende de música.

Eis o trecho da bela canção  – Águas de Março – do eterno de Tom Jobim:

“…SÃO ÁGUAS DE MARÇO FECHANDO O VERÃO…”

Pois bem, alguém poderia perguntar, então: Pilako o que é que tem haver esta música com nossa cidade?

Vamos lá. Como todos sabem nossa cidade, sobretudo os comerciantes do centro, vivem em  eterno “estado de alerta”, basta ver, a parafernália que é colocada na frente das lojas por ocasião do seu fechamento. Como todos nós sabemos, qualquer chuvinha aqui em Vitória, deixam as ruas alagadas. Na via por baixo do Viaduto do Cajá – José Rufino – basta “serenar” que o local fica intransitável.

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Por baixo do Viaduto “DONA BELINHA”, onde recebe  águas de parte da Bela Vista assim como de parte do Alto José Leal, desaguando por cima da Avenida Mariana Amália na direção do Rio Tapacurá, já que os canais e as ligações pluviais são, reconhecidamente, incapazes de realizar tal  tarefa, continuam, em período chuvoso, amedrontando todos que  por ali são estabelecidos, inclusive, as agências bancárias.

É bom salientar que a “selva de pedra” construída no centro, sobretudo ao longo da Avenida Mariana, em parte, tomou o lugar do velho RIACHO DO RONCADOR (depois Bomba de Magalhães) que segundo consta nos livros da nossa história, corria, exatamente, onde hoje contemplamos a referida avenida, que diga-se de passagem, apesar do tempo e das construções, ainda continua sendo o caminho natural das águas da chuva para Rio tapacurá.

Foto: Acervo pessoal de Daniel Andrade

Bomba de Magalhães – antigo riacho do Roncador (hoje a Avenida Mariana Amália).
Foto: Acervo pessoal de Daniel Andrade

Nossa cidade já foi vítima de várias enchentes, com destaques, claro,  para a de 1975 e a de 2005, onde as águas invadiram a cidade causando estragos incalculáveis não só físicos como financeiros, a curto ,médio e longo prazo tanto aos  pequenos,  como também aos  grandes comerciantes vitoriense.

BOEIRA DESTRUÍDA NA ESTRADA PIRITUBA
FOTO REGISTRADA NA ENCHENTE DE 1975.

Av. Mariana Amália – Enchente de 2005 – Foto: Regis do Amedoim.

No último dia 19 de março, dedicado a São José, onde tradicionalmente é medida a intensidade da chuva, na proporção, para o inverno que se avizinha, acreditamos que o próximo período chuvoso na  nossa cidade deva ser “intenso e castigado”.

Falo tudo isto para lembrar, ou até para COBRAR, como soar mais forte, aos nossos gestores uma maior atenção na prevenção de enchentes, isso porque flagramos na manhã de ontem (26) em um dos coletores de água pluvial, localizado no centro comercial da cidade, mais precisamente na esquina da Rua Ambrósio Machado com  a Praça Leão Coroado, o seu total entupimento, ao ponto, inclusive, da formação de uma pequena vegetação na sua superfície.

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Foto: Alepe

Como se vê, a gestão do Governo de Todos, comandada pelo Prefeito Elias Lira, há seis anos consecutivos no poder, ainda, pelo visto, NÃO ENGRENOU sequer nos serviços básicos, como por exemplo, limpeza de galerias.

Certamente, entre outros fatos, a mudança no domicilio comercial – da Rua Primitivo de Miranda para a Avenida Henrique de Holanda – do empresário Elias Lira, possivelmente tenha  deixado o gestor municipal Elias Lira, menos preocupado e consequentemente, mais relaxado com as possíveis enchentes no centro comercial da Vitória, o que convenhamos, é um fato LAMENTÁVEL.

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